Cotidiano

Aderr descarta aftosa em rebanho infectado na comunidade Terra Cruz

Vírus que se manifestou no local ainda não foi identificado, porém, como a doença se manifestou também em equinos, febre aftosa foi descartada

Para levar segurança aos criadores de animais do interior do Estado, o diretor do Departamento de Defesa Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (Aderr), Vicente Barreto, esteve no programa Agenda da Semana, da Rádio Folha AM 1020, apresentado pelo radialista Getúlio Cruz, na manhã de ontem, 19, e confirmou que o vírus que infectou alguns animais na Comunidade Terra Cruz, no município de Normandia, na semana passada, não é o mesmo da febre aftosa. “Nosso Estado não corre risco de infecção de aftosa”, reforçou.

De acordo com Vicente Barreto, o vírus que se manifestou no local ainda não foi identificado e uma amostra foi enviada para análise em um laboratório em Minas Gerais, mas o resultado ainda não retornou. Porém, durante a visita da Aderr ao local, foi detectada a manifestação da doença também em equinos, o que descarta a possibilidade da febre aftosa. “Sabemos que a aftosa só se manifesta em bovinos” frisou.

Conforme o diretor da Aderr, no início do mês, após verificar que o rebanho começou a apresentar sinais como salivação excessiva, apatia e caminhar mancando, criadores da Comunidade Terra Cruz dirigiram-se ao Escritório da agência em Normandia para notificar o órgão sobre o que estava acontecendo com o rebanho. “Imediatamente, técnicos da Agência foram até o local e interditaram a propriedade”, afirmou Vicente Barreto.

Ele explicou ainda a propriedade ficará interditada pelo período de 21 dias. “Isso quer dizer que está proibida a saída e a entrada de qualquer animal no local até que o prazo final de vida do vírus acabe”, frisou.

Além disso, Vicente Barreto informou que um trabalho nas comunidades no entorno da fazenda infectada está sendo realizado para identificar novos focos, caso haja. “Nossas equipes estão indo em todas os locais de criação de animais da região para verificar a possibilidade de o vírus ter se espalhado e, com isso, ter a chance de eliminar sua proliferação”, ressaltou.

Para ele, o “susto” serviu para reforçar a importância da atuação da agência no Estado. “A ação imediata da Aderr é muito importante para identificar, tomar as providências necessárias o mais rápido possível e conter o avanço da doença”, explicou o diretor, que ressaltou a importância da parceria com os produtores. “Precisamos do apoio dos criadores. Quando eles notificam a Aderr de imediato, mediante qualquer suspeita, nós podemos controlar a situação e isso nos dá um retorno muito positivo. Mostra que os criadores estão cada vez mais conscientes e atentos”, frisou.

Barreto alerta que, caso o produtor deixe de notificar a Aderr, as consequências podem ser sérias. “Se um desses casos for de Febre Aftosa e o produtor deixa de notificá-lo, corremos o risco de perder o controle do vírus e a doença se espalha, comprometendo o Estado, podendo rebaixar o status, que hoje está em médio risco, mas que Roraima se esforça para passar a ser Livre de Aftosa com Vacinação”, ressaltou. (J.L)

Aderr acredita que a partir de novembro RR estará livre da aftosa

O diretor de o diretor do Departamento de Defesa Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (Aderr), Vicente Barreto, afirmou em entrevista ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha AM 1020, apresentado pelo radialista Getúlio Cruz, na manhã de ontem, 19, que até novembro deste ano o Estado de Roraima estará livre da Febre Aftosa por meio da vacinação. “Estamos andando a passos largos para a erradicação da doença no Estado e estamos muito animados com os nossos resultados”, frisou.

Conforme Barreto, a Aderr aguarda, para a primeira quinzena de novembro, uma visita de agentes do Ministério da Agricultura para que possa ser atestada a erradicação da doença. “Nós vamos iniciar a segunda fase da campanha de vacinação em outubro, e quando as equipes chegarem ao Estado, já teremos os resultados completos. O que é motivador, já que na primeira etapa nós atingimos 96% de vacinação”, pontuou.

Outra medida necessária para que seja atestada a erradicação da doença no Estado é a instalação de mais 12 escritórios da Aderr no interior com pontos fixos com internet de qualidade para atualização de dados. “Além disso, a contratação dos concursados e a atualização do cadastro de propriedades e rebanho deve estar pronta até lá”, afirmou Barreto.

Por último, o diretor explicou que um sistema de sorologia está sendo realizado em todo o rebanho do Estado. “Estamos recolhendo amostra do maior número possível de animais para analisarmos e comprovarmos que não existe mais vírus no Estado”, concluiu. (J.L)