Cotidiano

Maioria dos brasileiros são flexitarianos, aponta pesquisa

Embora o termo siga relativamente desconhecido, a maior parte da população adota um cardápio semanal com enfoque principal em vegetais

Nos últimos anos, grande parcela da população tem prestado cada vez mais atenção nas consequências de seu consumo. Seja através da adoção de marcas eco-friendly ou de mudanças em nosso estilo de vida, ficou finalmente claro que as ações individuais têm um impacto coletivo na sociedade e no planeta.

Um dado interessante que demonstra esta mudança é o crescimento no número de pessoas que se consideram “flexitarianos”. Este termo denota um segmento da população que, embora não elimine completamente a ingestão de produtos de origem animal, tem uma dieta composta majoritariamente por alimentos de origem vegetal. Segundo uma pesquisa do Ibope encomendada pela Archer Daniels Midland, 52% dos consumidores brasileiros se consideram flexitarianos.

Quando levamos em conta o impacto ambiental do setor de agropecuária, responsável por cerca de 31% do total das emissões de gases do efeito estufa, a diminuição no consumo de proteína de origem animal pode ter um impacto profundamente positivo no planeta. O mercado de alimentos está atento a estas mudanças; espera-se que o setor de proteínas à base de plantas alcance o valor de R$ 11,33 bilhões em 2027.

Produtos com sabor e textura, só que plant-based

De olho na mudança dos hábitos alimentares, empresas estão se movimentando para atender o consumidor que exige uma experiência sensorial similar aos produtos de origem animal, além da presença de nutrientes essenciais para a manutenção do organismo. A Positive Brands, uma plataforma de marcas que tem como diretriz a autenticidade e o impacto positivo não somente nas pessoas, mas também no planeta tem como uma das suas marcas a Foodtech Possible®, que produz e comercializa bebidas de origem vegetal dentro da categoria plant-based.

A ideia do negócio surgiu através dos sócios Rodrigo e Felipe Carvalho, que de olho no crescimento do mercado global de alimentos e bebidas à base de vegetais, identificou a necessidade de lançar um leite ligeiramente mais democrático para atrair novos consumidores por meio do preço. 

“Estamos propondo algo novo que pode ser incluído no café da manhã de muitos brasileiros. Queremos que mais pessoas consigam fazer substituições de produtos de origem animal para o vegetal, sem pesar tanto no bolso”, explica Rodrigo Carvalho.

São dois sabores disponíveis. A versão Original, feita com água, açúcar demerara orgânico, castanha de caju orgânica, carbonato de cálcio, sal marinho, espessante goma guar e aromas naturais; e Chocolate, elaborado com água, açúcar demerara orgânico, castanha de caju orgânica, cacau, carbonato de cálcio, sal marinho, espessante goma guar e aromas naturais. Ambos são livres de glúten, além de serem fortificados com cálcio para atender as demandas nutricionais de quem sabe da necessidade de ter o nutriente na alimentação para a manutenção da saúde.

“O nosso maior público hoje é de flexitarianos. Ou seja, as pessoas que estão fazendo mudanças pontuais no consumo são as mesmas que querem diminuir o seu impacto no planeta garantindo um futuro mais susténtal”, finaliza Rodrigo. 

Comentando do ponto de vista nutricional, hoje é perfeitamente possível manter uma dieta saudável e balanceada sem o consumo de proteínas de origem animal. Com o auxílio de um profissional de nutrição é possível fazer adaptações de forma adequada para cada necessidade. A inclusão de leguminosas como grão de bico, ervilha, feijões, vegetais de folhagem escura e oleaginosas como castanha de caju e nozes estão entre as principais recomendações dentro do consultório.

Muitos desses alimentos além de serem consumidos in natura também são base para a criação de produtos que incluem hambúrgueres, snacks e outras delícias. Ou seja, nada de monotonia nesse cardápio.