Cotidiano

Comércio varejista de Roraima teve 558 lojas abertas em 2021

Destaque fica por conta do segmento de hiper, super e minimercados. com 154 novas lojas

O ano de 2021, marcado pela retomada do consumo presencial, terminou com 558 lojas abertas no comércio varejista em Roraima. Dessas, 154 são do segmento de hiper, super e minimercados.

Proporcionalmente, o setor de farmácia foi o segundo que mais cresceu, abrindo 63 novos negócios. As informações são do novo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).

Para o assessor econômico da Fecomércio Roraima, Fábio Martinez, “o comércio varejista em Roraima finalizou o ano passado com 5.570 lojas, um aumento de 11,1%, no total de empresas. Um setor que chama a atenção é livrarias e papelarias, que saltou de 4 unidades em 2020 para 12 lojas em 2021, tendo um crescimento de 200%”.

As lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônico cresceram 14,9%, somando 117 novos empreendimentos; e de material de construção o crescimento foi de 14,4%, fechando o ano de 2021 com 68 novas lojas; informática e comunicação foi outro setor que cresceu no ano passado com a abertura de 23 novas empresas.

Para o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac/IFPD em Roraima, Ademir dos Santos, “o comércio de bens, serviços e turismo está crescendo no Estado. Antes da pandemia os números mostravam um aumento significativo de novas empresas e geração de novos empregos. Enfrentamos com garra e determinação um período difícil para esses setores e os empresários foram obrigados a se reinventar para atender as medidas e protocolos de saúde. Agora, com a vacinação e os casos da Covid-19 reduzindo, vamos recuperar e continuar trabalhando para mostrar a importância do comércio para o desenvolvimento econômico e social de Roraima”.

Recuperação

De acordo com o levantamento, que contabilizou trimestralmente a quantidade de CNPJs ativos em todas as atividades de varejo, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs), o setor encerrou 2021 com 2.407.821 estabelecimentos ativos no País, revelando, portanto, um saldo positivo de 204,4 mil registros em relação ao fim de 2020.

O estudo também aponta que, apesar da baixa base comparativa de 2020, das dificuldades econômicas decorrentes da elevação da inflação, do aumento dos juros e do mercado de trabalho travado, o faturamento real do setor (no conceito ampliado) no último ano registrou crescimento de 4,5% – o maior avanço anual desde 2018 -, compensando, assim, a retração de 1,4% verificada no ano retrasado.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, observou que 2021 representou a recuperação do comércio varejista brasileiro após um período de significativas limitações operacionais.

“A flexibilização das restrições impostas ao varejo em diversos Estados e Municípios, especialmente após o fim da segunda onda da pandemia, e o avanço da vacinação, contribuíram para a tendência de aumento da circulação de consumidores e, certamente, estimulou o movimento de reabertura de estabelecimentos comerciais”, destacou.

E o indicador de mobilidade do Google confirma. O relatório da plataforma apontou tendência de alta no fluxo de consumidores em estabelecimentos comerciais ao longo do ano passado em todo o País. No fim de 2020, essa frequência se encontrava 29,4% abaixo do nível pré-pandemia. Um ano depois, o gap em relação à movimentação semanal verificada antes do início da crise sanitária era de -9,1%.