Indígena da etnia Macuxi, o professor de Matemática, Lupedro Moraes, disse nesse domingo (20), no programa Agenda da Semana, da Folha FM, que é pré-candidato ao Governo de Roraima motivado pela defesa da inserção dos povos indígenas na sociedade brasileira e que defende bandeiras como a legalização do garimpo, por meio de diálogo com a população indígena
Tuxaua da comunidade Volta do Teso, no município de Normandia, o docente de 44 anos também é conhecido por ter presidido, de 2010 a 2015, a Sodiurr (Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima), que atualmente defende que indígenas explorem minérios em suas terras.
“É logico que qualquer mudança no Meio Ambiente traz um impacto. Agora, se analisarmos qualquer coisa que impacta o Meio Ambiente, teremos que voltar à idade da pedra lascada”, declarou ele, que também ressaltou ser contra atividade garimpeira que esteja em desacordo com a Constituição. O tuxaua defendeu ainda a importância do polêmico Projeto de Lei, que tramita na Câmara Federal, o qual viabiliza a exploração de minérios em terras indígenas.
“É preciso saber que existem indígenas favoráveis e contrários à mineração”, destacou, defendendo o potencial econômico da exploração.
Lupedro Moraes disse que o fato de ser indígena facilitaria o diálogo com as terras indígenas sobre temas sensíveis. “É preciso ouvir quem é contra, quem é a favor. É preciso construir, junto com eles, política social e mostrá-los, por exemplo, o que pode trazer de geração de renda, emprego, riquezas, uma autonomia econômica com a mineração, o agronegócio, a hidrelétrica em terras indígenas”, destacou.
Bloqueios em estradas por indígenas
Questionado sobre bloqueios em estradas do Estado feito por indígenas, a exemplo do que já aconteceu na entrada do município de Uiramutã, Lupedro defendeu o diálogo para a solução do problema.
Contra a corrupção
Por fim, o pré-candidato defendeu o combate à corrupção. “Vamos fazer com que o Governo que não rouba e não deixa roubar faça a diferença. O nosso compromisso com a população é isso: vamos trabalhar da mesma forma e dar atenção à população indígena e a não-indígena”.
