Onze professoras se reuniram na manhã desta segunda-feira (4), em frente ao Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Roraima (Sinter), para cobrá-lo informações sobre a segunda ação da isonomia dos servidores do Ex-Território Federal.
O processo corre na Justiça Federal desde 1994 e pede o enquadramento de servidores sindicalizados pertencentes ao quadro do extinto Território, para que recebam valores retroativos por terem integrado o quadro da União.
No último dia 11, o juiz Felipe Bouzada Flores Viana, da 1ª Vara Federal de Roraima, determinou que o Sinter atualize a lista de sindicalizados que seriam beneficiados pela ação.
A última decisão no processo é a única informação que a professora Glória Moura tem sobre o processo, do qual ela cobra detalhes, como a previsão do pagamento dos precatórios e o cálculo de quanto os servidores do extinto Território Federal, como ela, vão receber. Glória disse temer ficar, por mais um ano, sem receber o direito. “Até agora não sabemos de nada, não sabemos nem da Justiça, não temos acesso, só os advogados. E nem o Sinter informa, porque acredito que nem eles sabem. A falta de interesse é muito grande”, reclamou.
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A professora Teresinha de Oliveira Castro reclamou que possui “informações desencontradas do processo” e acusou o Sinter de desinteressado na ação. “Além da morosidade de todo o processo, fomos incluídos [na lista] como técnicos sem nunca ter sido técnicos. Inclusive, descobri isso em 2017. Entrei com requerimento pedindo que retificasse, e até agora, como sempre, aquela esperança: no próximo ano vocês recebem. E agora estamos sabendo que o prazo pra entrar no Orçamento era até sexta-feira e não vamos receber no próximo ano”, disse.
As docentes foram recebidas inicialmente pelo diretor do departamento de servidores federais do Sinter, Ornildo Roberto de Souza, que informou sobre o que o sindicato tem feito em relação ao processo, cujo andamento é prejudicado pela lentidão da Justiça.
A presidente do Sinter, Josefa Matos, informou que há duas semanas esteve em Brasília com os advogados do sindicato, os quais lhe informaram que as ações estão em dia na Justiça. Prometeu, ainda, buscar mais detalhes sobre o prazo para atualizar a lista para que as docentes possam receber o direito. “Próximo passo é entrar em contato com os advogados em Brasília pra saber o que está acontecendo com a ação”, explicou.
