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Baú defende opção de R$ 80 milhões para estabilizar internet em Roraima

Secretário estadual de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação revelou, ainda, conversas com instituições públicas para planejar outras alternativas, como a construção de infovias

O secretário estadual de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação, Emerson Baú, disse nesse domingo (17) que uma das alternativas para resolver o problema da instabilidade da internet em Roraima seria incluir o Estado no Projeto Amazônia Conectada (PAC), do Exército Brasileiro. Mas, para isso acontecer, são necessários R$ 80 milhões.

O dinheiro, segundo ele, seria para investir em “puxar” um cabo de fibra óptica do projeto, com origem no Município de Barcelos (AM), por via fluvial até Caracaraí, no Sul de Roraima, de onde seguiria por via terrestre para outras localidades.

“Acredito que a gente consiga, com o apoio dos parlamentares federais, por emenda de bancada, pra colocar esse recurso diretamente para o Exército Brasileiro fazer essa operação”, declarou, em entrevista ao programa Agenda da Semana, da Folha FM.

Segundo o Exército, o PAC surgiu da necessidade estratégica de conectar as unidades das Forças Armadas na Amazônia Ocidental. Além de proporcionar ao setor meios modernos de comando e controle, o projeto promete permitir que outros órgãos públicos implementem políticas públicas de inclusão digital à população.

Emerson Baú revelou, ainda, conversas com instituições públicas como as Universidades Estadual (Uerr) e Federal (UFRR) para planejar outras alternativas, como a construção de infovias, espécies de rodovias formadas por cabos de fibra óptica. O titular da Seadi não descartou negociações para opções vindas pela Guiana, apesar das dificuldades nas tratativas internacionais.

200 mil hectares de área de grãos plantada em 2022

O secretário revelou, ainda, a expectativa da Seadi para que Roraima termine 2022 com até 200 mil hectares de área de grãos plantada, sendo 120 mil só em soja. A perspectiva mais realista, conforme ele, seria o plantio total de até 180 mil hectares de grãos.

O crescimento do setor agrícola, segundo Baú, é atribuído ao avanço da regularização fundiária. “É um marco histórico para Roraima. Assim como foi em 1988, quando saímos do Território, em 2021, deixamos de ser um Estado sem terras pra um Estado com terras. Isso dá segurança, permite que o investidor esteja aqui”, explicou.

Desafios na Agricultura

Emerson Baú citou o desafio para que o Estado execute em 2023, em parceria com prefeituras municipais, um plano para apoiar agricultores familiares de 13 municípios de Roraima, com o plantio de 1,5 mil hectares de culturas como o milho. Nessa ocasião, os produtores seriam responsáveis pelo preparo da produção e manutenção das áreas do plantio. “O compromisso que ele tem é que, com parte do recurso, ele reinvista nessa terra, seja através do sistema de irrigação, de um novo cultivo ou alguma coisa que ele tenha afinidade, como mandioca, melancia, mamão”, disse.

Zoneamento ecológico

Baú explicou que o zoneamento ecológico de Roraima está passando por aprimoramentos e acredita que até o fim deste mês o Governo receba uma nova versão do instrumento que visa compatibilizar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade ambiental, por meio de uma série de estudos que levam em conta: as características do solo, clima, fauna e vegetação, para identificar as fragilidades e potencialidades de cada área.

Distrito agroindustrial na capital e distritos industriais no interior

Emerson Baú disse ainda que o plano do Governo do Estado é montar um distrito agroindustrial em Boa Vista e distritos industriais em Rorainópolis e Bonfim, no interior. A ideia é concretizar uma Zona de Processamento e Exportação (ZPE). “A gente acredita que ela [ZPE] é uma grande saída pro fortalecimento do nosso setor industrial e agroindustrial”, avaliou.