Entretenimento

Pesquisador é voluntário em Ong para refugiados da guerra da Ucrânia

Na Holanda, o pesquisador Deivy Abreu prepara o jantar de refugiados

O pesquisador Deivy Abreu de 42 anos saiu de Roraima para morar em Amsterdã, na Holanda há seis semanas. Lá, ele é voluntário fazendo refeições para aqueles que fugiram da guerra da Ucrânia.

Nascido em Manaus,  Deivy é graduado em turismo, com pós-graduações em Gestão em Ecoturismo e Geografia da Amazônia Brasileira e Mestre em desenvolvimento regional da Amazônia.

Desde a infância, teve interesse em atuar como voluntário para pessoas em situação de vulnerabilidade. “Sempre participei de grupos de ajuda desde a minha infância em Manaus. Gosto de fazer algo pelo próximo, principalmente quando está relacionado à alimentação e abrigamento” contou. 

Mais de 5 milhões de ucranianos já deixaram o país em direção a outras nações em razão da guerra, segundo dados da ONU. Imediatamente após a Rússia invadir a Ucrânia, a população holandesa se organizou para receber os refugiados. Apelos foram compartilhados pelas redes sociais: alguns de organizações humanitárias; outros – de caráter menos oficial – pela população que voluntariamente acolheu os refugiados na fronteira com a Polônia e ofereceram suas próprias casas como abrigo.


Apesar do clima de incerteza, Deivy conta que ainda tem esperança para que a guerra acabe

Segundo Deivy, os centros de asilo holandeses começaram a recrutar ajuda e acionam o grupo de voluntários, que possui outro brasileiro, para preparar o jantar dos refugiados. 

“As organizações tentam ajudar por meio de grupos, por exemplo, mulheres com filhos, pois os maridos não puderam deixar o país, jovens adultos e LGBTQIA’s, aqueles que conseguiram escapar da guerra.A Holanda tem muitas organizações em prol de acolhimento e as respostas aqui são mais de apoio físico (mão na massa) e logístico (suprimento e acolhimento)” explica.

Apesar do clima de incerteza, Deivy conta que ainda tem esperança para que a guerra acabe. “Sempre fica um ar de medo, mas as questões globais são muito mais delicadas quando há mais de três países envolvidos, ainda não é o caso”, conta. Mesmo não sendo o motivo de sua viagem, ele diz que se sente realizado por poder conseguir ajudar pessoas que precisam de apoio.

Como ajudar a Ucrânia?

“Como ajudar a Ucrânia” na guerra contra a Rússia é o assunto mais pesquisado entre os brasileiros na internet. Um levantamento feito pelo Google Trends, ferramenta da gigante das buscas que mede a temperatura de assuntos mais procurados, mostra que nos últimos 10 dias, as consultas por como ajudar o país cresceu 600% no Brasil.