É o jogo do ano para o time do Operário! O São Raimundo decide o segundo turno do Roraimão, contra o Real, às 19h30 desta quarta-feira (4), no estádio Canarinho. O Mundão venceu o primeiro turno e se vencer o returno ficará com o título de maneira antecipada. Em caso de empate no tempo normal tudo será decidido nos pênaltis. O título garante vaga ao campeão na Copa do Brasil, a CBF injeta R$ 620 mil para o representante de RR entrar no certame. O Real precisa vencer o returno e forçar um segundo jogo, para decidir o campeonato.
Já era difícil fazer futebol profissional no Estado de Roraima e após a pandemia e inflação consequente da guerra entre Rússia e Ucrânia as coisas pioraram mais. Empresas privadas com medo de investir altas cifras no esporte e no futebol. A pergunta que fica, como um clube sobrevive sem patrocínios e sem premiações e cotas de TV?. O São Raimundo tem imperado com a verba da Copa do Brasil. Perder essa verba virou o matar ou morrer no Operário.
“Respeitamos a todos e a tudo, mas é um questão de sobrevivência. A forma de sobreviver é ganhando o Estadual. É assim que a gente sobrevive, com a cota da TV na participação da Copa do Brasil. A ajuda que temos aqui é mínima e não temos como sobreviver. É matar ou morrer. Temos uma opção nesta final, que podemos somente matar. Ainda não perdemos, mesmo perdendo ainda temos outra final. A opção é buscar a todo momento a vitória, todos os nossos jogos são assim”, disse Chiquinho Viana.
O técnico Chiquinho Viana ligou o sinal de alerta no Operário, não por resultados negativos, pelo contrário, o time vem de 10 jogos no Estadual e com 10 triunfos. Ligou a luz vermelha para poupar titulares e recuperar peças que formam a sua espinha dorsal. O clássico charmoso entre alvirrubros e alvicelestes pela Série D foi em ritmo de amistoso. Três atletas do juniores e alguns suplentes estiveram em campo.
“A diferença que é uma final. A gente respeita os investimentos que o Real fez, muito alto e mais alto que aquilo que buscamos na Copa do Brasil. Mas, infelizmente nós precisamos sobreviver, as famílias dos atletas precisam sobreviver. O clube precisa sobreviver e a vitória é a nossa única alternativa”, disse Chiquinho Viana.
Pouco antes do fim da janela de negociações, a diretoria de futebol do Real trouxe os gabaritados Rossini, o segundo maior artilheiro da história do Manaus FC. E Jerinha, a dupla subiu para Série C, com o time amazonense. Nomes de peso desembarcaram depois, como o conhecido Edinho Canutama e Helson. Cristiano Natal, com passagens pelo Nacional-AM, ABC e na primeira divisão do futebol boliviano também é um dos “galácticos”.
A turma de Chiquinho Viana tem missão de superar o investimento do time do Real, patrocinado pela Unifrio. O mister do Mundão quer liquidar a fatura neste meio de semana e levar o returno para casa. No fim de semana o São Raimundo viaja para Brasília, para fazer conexão e jogar fora de casa pela Série D. Possível que o time do Mundão esteja exausto no dia 11, data que está marcada uma possível decisão entre os campeões de cada turno.
“Nossa prioridade é o Estadual. Nossa obsessão é conquistar esse campeonato. É o nosso foco, é daí que sobrevivemos”, encerrou Viana.
Por João Paulo Oliveira