Três mil pessoas praticam esportes na Vila Olímpica

A Vila Olímpica Roberto Marinho, no bairro Olímpico, zona oeste de Boa Vista, sempre foi aberta ao público. No entanto, a preferência era que atletas de alto rendimento utilizassem as dependências para treinamento. Nos últimos anos, um novo planejamento deu à administração do complexo esportivo a possibilidade de implantar programas específicos para atender a comunidade. Hoje, aproximadamente 3 mil pessoas passam pela Vila Olímpica, por dia.

“As pessoas sempre vieram à vila para caminhar, andar de bicicleta, mas não tinham direcionamento algum, era vista somente como uma praça pública. A prefeitura, então, passou a restringir essa questão e a organizar projetos voltados para o esporte, tanto para escolinhas de base quanto par o alto rendimento. Um desses projetos é a “Academia Aberta”, que funciona de segunda a sexta-feira, com professores que trabalham com fitness uma hora pela manhã e uma hora pela noite”, destacou o diretor da Vila Olímpica Roberto Marinho, Alex Arlen Oliveira. O serviço é gratuito e conta com professores experientes.

Outro projeto, que está sendo executado no parque das piscinas, foi intitulado de “Escolinha de Natação” e atende à população adulta de terça a sexta-feira, das 6 às 8 horas da manhã. Das 18h às 20 horas, o atendimento é extensivo às crianças. Agentes da Guarda Municipal e da Defesa Civil também usam a estrutura do complexo esportivo para treinamento por atuarem em balneários de Boa Vista como guarda-vidas aos fins de semana.

Um terceiro projeto em processo de implantação pretende desenvolver uma caminhada direcionada às pessoas que procuram as dependências do centro de atividades esportivas. No entanto, a proposta é que a área externa da vila seja o percurso, considerando que a pista de atletismo será reformada e as ações não serão desenvolvidas rotineiramente.

“Nesse entorno da vila, que é asfaltado, faremos caminhadas e corrida da população. Queremos implantar o Clube da Caminhada, que vai contar com um profissional para orientar a população. Nós vamos balizar todo o trajeto, que dá em torno de 2.100 metros, para que as pessoas tenham ideia do percurso que estão fazendo para superar suas metas gradativamente. Também vamos oferecer serviços, como aferir pressão e glicose para termos uma ideia de como está a saúde dos participantes. Não é só passar à atividade física”, relatou o diretor.

Embora a oferta dos programas implantados na Vila Olímpica alcance o público em geral, como “Escolinha de Esportes”, que atende cerca de 1.200 crianças em oito modalidades desportivas, existem projetos específicos de outras secretarias, que estão sendo contemplados dentro do complexo, com destaque para os idosos “Cabelo de Prata”, “Pró-jovem”. Até o início de 2016, há a expectativa de receber o “Projeto Atleta do Futuro” e “Família que acolhe”.

SEGURANÇA – A administração da Vila Olímpica afirmou que a segurança no local foi reforçada e os casos de roubos e furtos, que eram recorrentes em anos anteriores, foram extintos. Segundo o administrador, não houve nenhuma ocorrência em 2015. Além da segurança particular, os usuários têm à disposição uma base da Superintendência Municipal de Trânsito (Smtran) e da Defesa Civil dentro da Vila Olímpica.

CARÊNCIA – De acordo com o diretor Alex Oliveira, faltam profissionais de Educação Física para a demanda que os programas e projetos exigem, apesar do número de professores formados anualmente. Outro fator preponderante é a qualificação profissional e o comprometimento diante do cargo que exige conhecimento e experiência.

“Estamos em processo de implantação do esporte adaptado para portadores de necessidades especiais (PNE) e desde o ano passado não conseguimos profissionais que trabalhem com o paradesporto. Fizemos um convênio com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR) [que oferece o curso de Licenciatura em Educação Física] e a partir de agosto eles virão treinar os professores que estão aqui para atender este público específico”, declarou Oliveira. (J.B)