A varíola dos macacos é um vírus que infecta animais, mas que também pode contaminar humanos. A doença é mais comum nas regiões da África Ocidental e Central, mas recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou dezenas de casos em países europeus, além dos Estados Unidos, Canadá e Austrália.
De acordo com a BBC News, o Brasil não tem casos registrados, mas a infecção de um cidadão brasileiro já foi notificada na Alemanha.
Confira abaixo um resumo sobre o vírus, com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Butantan:
Os sintomas iniciais (0 a 5 dias) é caracterizado por febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, ínguas inchadas, calafrios e exaustão. Após os três primeiros dias de febre, começam a surgir bolhas na pele que se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os genitais, podendo gerar dores e coceiras.
A OMS aponta que as crianças estão em maior risco, e a varíola durante a gravidez pode levar a complicações, varíola congênita ou morte do bebê.
A varíola pode ser transmitida pelo contato com gotículas expelidas por alguém infectado (humano ou animal) ou com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis.
O período de incubação é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Por isso, é necessário que pessoas infectadas fiquem isoladas e em observação por 21 dias.
Ainda não há vacinas específicas para a varíola dos macacos, mas segundo a OMS, a vacina antivariólica demonstra cerca de 85% de eficácia contra o vírus.
Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel é importante para fugir da exposição ao vírus, além de evitar usar objetos de pessoas contaminadas e com lesões na pele.
A varíola dos macacos pode se tornar uma pandemia?
“É bastante improvável”, responde o professor Brian Ferguson, do Departamento de Patologia da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, à BBC News Mundo .
Parece haver um consenso na comunidade científica de que estamos longe de a varíola dos macacos se tornar uma pandemia.
A primeira razão é que é muito difícil transmitir de pessoa para pessoa, ao contrário de um vírus respiratório como o SARS-Cov-2.