Cotidiano

Possibilidades de fontes equilibram abastecimento energético em Roraima 

Na pauta, os entrevistados destacaram uso de hidroelétrica, fotovoltaica, termoelétrica e energia eólica 

A possibilidade de fontes para produção de energia elétrica para Roraima equilibraria o fornecimento a população. Energias renováveis foi o tema do programa Agenda da Semana deste domingo (29), apresentado pelo economista Getúlio Cruz, pela Rádio Folha (100,3FM). 

Antes de começar a destacar sobre as principais fontes de energias renováveis, a professora doutora Priscila Vasconcelos, da UFRR (Universidade Federal de Roraima) ressaltou a importância de conhecer a região e analisar as peculiaridades. “[Roraima] é um estado com muito sol e por que não investir em fotovoltaica?”, indagou. 

Diversas empresas e instituições financeiras passaram a condicionar fatores para empréstimos e financiamentos para aquisição de geradora de energia particular. Contudo, disse ela, quando o consumidor vê o custo para instalação, ele se assusta. “O que falta é informação. Ninguém mostra que nos cálculos você terá retorno em cinco anos”, a professora doutora frisou que na pandemia as pessoas perceberam a importância da energia renovável. 

“Hoje temos condomínios modernos são tidos como sustentáveis, telhados verdes para amenizar o calor, captação de chuva, fotovoltaico, formas possíveis e viáveis, e não precisa depender do subsidio”, frisou Priscila. 

Questionada sobre a importância da energia hidráulica, produzida por hidroelétricas, Priscila Vasconcelos enfatizou para mais opções de fontes. “Se houver estiagem, a baixa dos rios, há um aumento no preço. Quando você tem outras fontes consegue ter concorrência e a liberdade de escolha do consumidor”. Sobre energia eólica em Roraima, disse, é preciso estudar a possibilidade de ventos. “Hoje é na costa do Brasil. Aqui a questão é o sol”.
 
O uso de recursos naturais em usinas termoelétricas é outra alternativa viável para o Estado. O professor doutor em Planejamento Energético, Paulo Vasconcelos, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) destacou, por exemplo, o uso de acácias para geração de energia. Vale destacar que o uso de lenha sem especificação é desmatamento. 

“Florestas plantadas especificamente para geração de energia, de papel, de celulose não tem problema”, explicou Paulo. Acrescentou que a arvore plantada para este fim absorve carbono da atmosfera, mantem nos caules e raízes e, na queima, libera carbono e há equilíbrio. “Fonte renovável não polui, diferente do petróleo que não é renovável”.  

Ainda sobre hidroelétrica e o impacto gerado, Paulo citou os prós e contras da manutenção deste recurso primário. “A geração hídrica vai continuar muito forte, a fonte primaria, no momento em que ela é ligada, funciona sem problema” e lamentou que Roraima não esteja interligada ao Sistema Nacional de Energia.

Entrevista completa aqui:

Por Yasmin Guedes