Terreno baldio tira sossego de moradores

Um terreno localizado na Alameda das Hortências, no bairro Pricumã, zona Oeste da Capital, tem tirado o sono de muitos moradores que ali residem. Tomado por um intenso matagal, o local acaba propiciando uma série de riscos, desde a proliferação de roedores a uma possível infestação de mosquitos transmissores de doenças como dengue e febre chikungunya.  

Moradora do bairro há mais de 20 anos, a secretária executiva Mayara Aragão disse à Folha que a situação tem preocupado toda vizinhança, uma vez que o local não passa por nenhum tipo de limpeza. “Não é a primeira vez que reclamamos da situação desse terreno. Das vezes anteriores, o dono ao menos fazia a limpeza, mas já faz um bom tempo que nada é feito”, disse.

Segundo ela, algumas pessoas de sua família já tiveram algum tipo de doença relacionada ao mosquito transmissor da dengue, o que aumenta ainda mais o receio de contrair a doença novamente. “Na minha casa já tivemos dengue e a nossa preocupação com isso é grande. O mato já chegou até a parte mais alta do gradeado e sabe-se lá o que pode ter dentro daquele terreno. É preciso que alguém tome uma providência”, frisou.

De acordo com o Código de Postura do Município, a limpeza de terrenos baldios é de responsabilidade do proprietário e deve ser feita pelo menos três vezes ao ano.

Segundo a Prefeitura de Boa Vista, as equipes notificam o proprietário do terreno baldio que está sem manutenção e dá o prazo de 15 dias para que a limpeza seja realizada. Caso a pessoa não faça a retirada do lixo no período estipulado, a secretaria expede uma multa no valor de R$ 237,00.

Além disso, neste caso, a prefeitura faz a limpeza do local e cobra o serviço no IPTU do terreno, que custa R$ 2,37 por metro de terreno. Quando constatada a falta de manutenção em terrenos públicos, a secretaria envia um ofício ao órgão responsável, solicitando a limpeza do loal no prazo de 15 dias.

PREFEITURA – Por meio de nota, a Prefeitura de Boa Vista informou que enviará uma equipe da Secretaria Municipal de Economia, Planejamento e Finanças (SEPF) à Alameda das Hortências para identificar e notificar o proprietário do terreno.

Salientou ainda a importância da população em manter a cidade sempre limpa, podendo inclusive informar por meio de denúncias os terrenos que estão sem manutenção ou os moradores que jogam lixo nesses locais na Central de Atendimento 156 ou na sede da Secretaria Municipal de Economia, Planejamento e Finanças, localizada na Rua Coronel Pinto, Nº 188, Centro. (M.L)