“Jovem raro” produz músicas de trap e batalhas de rima em Roraima

Cada vez mais, artistas independentes têm criado forma de divulgar seu trabalho, em Roraima, existe uma gama de artistas dos mais diferentes estilos musicais que vão criando sua arte e divulgando nas redes sociais. É o caso de João Matheus Costa do Nascimento de 19 anos. “Macuxi pé no chão” como se intitula, João adotou o nome de “Jovem raro” para as apresentações que faz em pequenos festivais da periferia da nossa cidade. “ O meu gênero musical é englobado dentro do gênero Hip Hop.O ‘trap’ é uma vertente que saiu da bolha faz poucos anos” explica.

No momento, ele produz um EP com o amigo designer Pedro Henrique Braga. “Eu fechei parceria com o Pedro, ele tem um selo de gravadora, todas minhas músicas vou soltar pelo selo dele, mas tenho uma música no meu canal do YouTube lançada já. E um feat com um artista regional” conta.

Para o jovem, a música é a forma que ele encontrou para se expressar. “Música é a forma de expressão mais sincera que tem, você consegue jogar sentimentos e verdades na música,  consegue passar sensações através dessa arte, tenho eu como exemplo, toda vez q eu vou compor uma letra, a levada e o assunto vai depender muito do meu sentimento no momento, se eu estiver com raiva vai sair uma música agressiva, se eu estiver feliz vai sair uma música mais vibe, se eu estiver triste vai sair uma música triste, então o significado é esse, você  poder ser você mesmo, e transformar seu sentimento e arte” explica.

Confira o seu feat.

João contou como surgiu o nome jovem raro. Ele diz que desde pequeno participava de projetos sociais, sejam das aulas de instrumentos musicais como os esportes de luta. 

“Eu  tinha vários ciclos de amizades, e todos meus amigos sempre falaram que eu praticava de tudo um pouco, então uma vez um amigo me chamou de ‘jovem raro’, o jovem que faz de tudo um pouco” relatou.

Com o tempo, o jovem raro se interessou pela música. “Eu não sei explicar como começou, parece que já veio de fábrica, ninguém na minha família tem vínculo com música ou algo do tipo, então eu msm fui descobrindo é me descobrindo” disse. E durante essa descoberta pessoal, ele encontrou o trap.

A partir do momento em que começou a estourar muitos artistas do gênero, e a grande maioria jovens rejeitados e excluídos pela nossa sociedade, quando eu vi que eles conseguiram, eu pensei e falei, eu também consigo. O sonho de todo neguinho é poder se sustentar de sua arte e poder ajudar aqueles que me ajudam nessa estrada” finalizou.

Para acompanhar o trabalho e a agenda do artista basta acompanhar o @raroplugg no instagram.

Por Raísa Carvalho