A cantora Joelma contou aos fãs que após ter sido diagnosticada com covid-19 pela terceira vez, ela teve uma sequela rara, o inchaço no rosto e o efeito sanfona no corpo.
De acordo com o infectologista Domingos Sávio Matos Dantas, os inchaços podem ser sequelas da covid-19 em casos raros. “Não é comum, mas se foi um caso grave com uma atividade inflamatória elevada pode ocorrer” explica.
Segundo ele, em caso de algum indicativo de sequela da COVID-19, é importante consultar o médico, para que seja feito o diagnóstico e estabelecida a relação com a COVID-19 e, assim, iniciar o acompanhamento médico e o tratamento de acordo com os sintomas específicos e de forma individualizada.
“Nesse caso, o paciente deve ter acompanhamento médico, em especial de um médico infectologista” ressalta Sávio.
O médico também reforça que é importante tomar as vacinas disponíveis, mesmo que esse problema ocorra. “Existe tratamento para os inchaços, e os pacientes conseguem se recuperar facilmente” completa.
Vale lembrar que a COVID-19 afeta cada pessoa de formas diferentes. A maioria das pessoas infectadas desenvolve a doença com sintomas leves a moderados e recupera sem necessidade de hospitalização.
Principais sequelas
Alguns sintomas como cansaço excessivo, fraqueza, dor muscular, tosse ou perda do olfato/paladar são as sequelas mais comuns após a infecção, que podem permanecer por mais de 12 semanas, mesmo depois de a pessoa ser considerada curada. Há também sintomas dermatológicos, relatados pelos pacientes como formação de bolhas, coceira ou inchaço na pele, ou alopécia, que é a perda de cabelo.
Por que a COVID-19 deixa sequelas?
Ainda não se sabe o motivo exato das sequelas da COVID-19, no entanto, os estudos feitos até o momento relatam que durante a infecção o corpo produz uma grande quantidade de substâncias inflamatórias, chamadas citocinas, como forma de aumentar a ação do sistema imunológico para combater o vírus. Essas citocinas podem acabar se acumulando em outros órgãos e sistemas, provocando inflamação crônica e causando as sequelas.
Por Raísa Carvalho