Condições de escolas estaduais, retorno do ensino presencial e tecnologia foram pautas da entrevista com o secretário Estadual de Educação e Desporto, Nonato Mesquita, no programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM (100,3) de domingo, 5, com o economista Getúlio Cruz.
Nonato Mesquita foi empossado como titular da SEED no dia 16 de maio, sucedendo a ex-secretária Leila Perussolo que estava à frente da pasta desde 2019. Esta é a segunda vez que Mesquita assume o cargo. A primeira vez ocorreu em 2014, na gestão do, à época, governador Anchieta Júnior, em substituição a ex-secretária e atual deputada Estadual, Lenir Rodrigues.
Diante das críticas em decorrência da falta de infraestrutura das escolas estaduais, principalmente no interior do Estado, e da demora no retorno das aulas presenciais em parte das unidades escolares, tendo em vista o início do segundo semestre no calendário de ensino, Mesquita falou sobre os planos da Secretaria para os próximos meses.
Lembrou das dificuldades encontradas pelo governador Antônio Denarium (PP) em 2018 e das tentativas em equilibrar as contas do Estado ao longo dos anos, sendo as pastas mais afetadas Saúde e Educação por terem os orçamentos mais altos do Executivo. “Na Secretaria de Educação, quando pensou-se em colocar ‘os pés no chão’ veio a pandemia e os professores tiveram que se reinventar para continuar a atender os estudantes”, disse.
Quanto a situação das escolas, o secretário de Educação afirmou que várias Unidades de Ensino estão com atenção por parte do Governo, seja em processo de reforma, revitalização, construção. “Dificuldades que só apareceriam no inverno mesmo e a Seed com a Secretaria de Infraestrutura estamos procurando medidas par resolver esses problemas”, abordou.
Para auxiliar no ensino-aprendizagem de estudantes e professores, Mesquita contou que o Governo do Estado distribuirá 21 mil tablets. “Essa parte tecnológica foi um avanço e eu não enxergo mais as aulas sem o aporte tecnológico”. O material beneficiará, primeiramente, estudantes do Ensino Médio pela proximidade dos vestibulares e Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) que ainda não retornaram para o ensino presencial.
Conforme dados apresentados pelo gestor da Pasta, atualmente são 77.313 estudantes matriculados nos ensinos Fundamental II, Médio, de Educação de Jovens e Adultos, em escolas indígenas, Educação Profissional e técnico, distribuídos em 346 escolas.
Para administrar todo esse globo, o orçamento para 2022 é de R$ 1,4 bilhão que, na visão de Mesquita, torna-se pequeno diante das demandas e necessidades que a área emite. “Quando tratamos de alunos, o inverno trazendo essas dificuldades, o transporte escolar para apoiar o deslocamento dos estudantes para escola e que consome bastante, a merenda escolar… esse orçamento ainda não é o suficiente, pois temos também que pensar na capacitação dos professores. Há muito o que se fazer”, salientou.
Além da Educação Básica, outra prioridade da gestão é o ensino técnico profissionalizante. Para isso, parcerias estão em análise para ampliar a modalidade em Roraima. Citou o recém criado Ierr (Instituto de Ensino de Roraima), antiga Univirr (Universidade Virtual de Roraima), unidade com orçamento e administração independente, como forma de potencializar o ensino a distância no Estado.