Caio Mario Paes de Andrade foi escolhido como novo presidente da Petrobras, por 7 votos a 3. Com isso, ele substituirá Fernando Assumpção Borges, que ocupava interinamente a presidência desde 20 de junho. Ele foi eleito em reunião extraordinária do Conselho Administrativo para decidir sobre sua indicação por parte do Governo.
Andrade ocupará o cargo de conselheiro interinamente até a próxima Assembleia Geral Extraordinária de acionistas da empresa, quando seu nome será avaliado pelos acionistas para um assento definitivo.
A assinatura do termo de posse é tida como certa para a tarde desta segunda. Resta saber se Caio Paes de Andrade vai querer realizar uma cerimônia, como fez seu antecessor.
Votação
O colegiado conta com 11 membros, mas com a renúncia de José Mauro Coelho na última segunda-feira, foram dez votos em jogo.
Um dos membros do comitê argumentou que o executivo não tem notório conhecimento no setor de petróleo e não tem experiência no comando de grandes companhias. A maior empresa dirigida por Andrade até agora tinha cerca de 100 funcionários.
De acordo com a ata da reunião do Comitê, Andrade negou ter recebido qualquer “orientação específica ou geral” do governo para mudar a política atual de preços dos combustíveis da Petrobras, que segue a cotação internacional do barril de petróleo.
Apesar do comunicado à companhia, na última quarta-feira (22) o presidente Jair Bolsonaro afirmou que, se eleito, Caio Paes de Andrade iria mudar os diretores da Petrobras para dar uma “nova dinâmica” à empresa e alterar a política de paridade de preços de importação “se for o caso”.
Quem é Caio Mario Paes de Andrade?
O novo presidente da estatal tem formação em Comunicação Social pela Universidade Paulista, pós-graduação em Administração e Gestão pela Harvard University e Mestre em Administração de Empresas pela Duke University.
O executivo vem da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, onde é responsável pela plataforma Gov.br. Em 2019 passou da iniciativa privada para a pública, onde atuou como presidente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa pública de prestação de serviços de Tecnologia da Informação, até agosto de 2020, quando foi para a secretaria do Ministério.
Andrade também foi membro do Conselho de Administração da Embrapa e da PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A).