No início da noite de sábado, 1º, por volta das 19h, guardas municipais que realizavam patrulhamento no bairro Mecejana, zona Oeste da cidade, tiveram de atender uma ocorrência inusitada. A garimpeira Patrícia Cristina Lopes da Silva, de 25 anos de idade, havia entrado em trabalho de parto e estava sendo levada em um carro particular para o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré, na zona Norte da Capital. A equipe da Guarda Municipal Civil trafegava pela avenida Ataíde Teive quando o marido da garimpeira os abordou pedindo socorro.
Moradora do bairro Doutor Sílvio Botelho, também na zona Oeste de Boa Vista, a jovem já estava com a bolsa estourada e sentia muitas contrações. “Ela já estava sem forças, mas a guarda Yanne Paiva, que estava conosco, conversou com a moça tentando acalmá-la para que ela recuperasse o fôlego e tivesse seu filho”, disse o comandante da equipe, Jullyerre Lima.
No caminho para a maternidade, a mãe avisou aos guardas que não havia mais tempo de chegar até lá, pois o bebê já estava nascendo. “Só tive tempo de pôr as luvas descartáveis e segurar a criança. Foi uma sensação indescritível e nos emocionou bastante”, lembrou o comandante.
Logo após o nascimento do bebê, de sexo masculino e ainda sem nome, ele e a mãe foram encaminhados à maternidade e lá receberam atendimento médico. A criança, que nasceu prematura, pesa 1,800 kg e mede 38 centímetros. Ela está recebendo cuidados na incubadora e a mãe passa bem.
A família da criança pediu que os guardas escolhessem o nome do bebê. “Sugerimos Emanuel, que significa Deus conosco. Espero que a família goste e que aceite a sugestão. Estamos muito contentes de termos conseguido auxiliar essa mãe, pois conseguimos cumprir com nossa missão, que é a de servir bem à população, independente da ocorrência”, completou o Jullyerre. (T.C)