Cotidiano

Comunidades indígenas de Roraima devem colher 1.500 hectares de grãos 

Um total de 1.416 famílias indígenas em todo o Estado deverão colher cerca de 1.500 hectares de milho e feijão em 118 polos de produção, entre os meses de setembro e novembro, por meio do Projeto de Grãos em Terras Indígenas.

Dois desses pólos de produção são a da comunidade Jabuti, em Bonfim, que possui uma área de 53 hectares de cultivo de milho, e a da comunidade da Anta, que possui um espaço de 15 hectares de plantio do mesmo tipo de grão.

A diretora do Departamento de Produção Indígena da SEI (Secretaria de Estado do Índio), Wisdenia Silva de Souza, relembrou que o trabalho de sensibilização e discussão com os indígenas, organizações e lideranças indígenas iniciou em 2020.

“Neste mesmo período, iniciamos a recepção da solicitação e anuência das comunidades, coleta e análise dos solos e abertura de processo para aquisição de sementes e insumos para implantação do projeto”, disse a diretora.

Produção em 2021

Dados os primeiros passos para que o projeto se concretizasse de fato, em 2021, um total de 800 hectares de cultivo de grãos foram plantados em 52 polos de produção. No cultivo desses grãos, foram colhidas 16 mil sacas de milho e 272 de feijão.

Durante esse período, 648 famílias indígenas, que compõem os grupos de trabalhos, trabalharam diretamente nas lavouras, como uma das contrapartidas para a implantação do projeto.

Se comparados os dados de um ano para outro, houve um aumento considerável de 87,5% no tamanho de área, de 126% no número de pólos de produção e de 118,5% no número de famílias indígenas pelo projeto.

“A SEI acompanha e apoia todo o ciclo de produção, desde a orientação na seleção da área até a comercialização. O Governo não retém qualquer valor ou percentual ou até mesmo quantitativos de produtos, sendo que toda receita é de usufruto dos produtores indígenas envolvidos, que para continuidade e/ou ampliação, deverá reinvestir parte do lucro, modo que, em algumas safras deverá ser autossustentáveis”, explicou Wisdenia.

A iniciativa se divide em várias etapas em suas frentes de serviço, como o preparo de área, plantio e primeira e segunda adubação de cobertura.

Além do Projeto de Grãos em Terras Indígenas, a SEI possui outras ações em execução, sendo elas os projetos de avicultura, de piscicultura e hortas e plantas medicinais, bem como o apoio na comercialização do artesanato indígena, os quais podem ser solicitados diretamente na secretaria.