Cotidiano

“Julho das Pretas” será neste sábado

Ato contará com apresentação de bandas musicais, performance, poesias, roda de capoeira, exposição de artesanatos, comidas africana, indígena e venezuelana e produtos da agricultura familiar

Uma data que é símbolo de resistência das mulheres negras e que convoca essas mulheres a repensar e recriar o lugar delas na sociedade, demonstrar indignação diante do racismo e do machismo e ainda valorizar as lutas pela igualdade.

Em Roraima, movimentos de mulheres sociais e feministas organizam o “Julho das Pretas”, que será neste sábado, 23, no Espaço Cultural Paricá, a partir das 17h30 e terá como tema “Mulheres Negras e Indígenas no Poder: Construindo o Bem Viver”.

A programação comemora o Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha, que é lembrado em 25 de julho. Segundo a socióloga Nelita Frank, do Núcleo de Mulheres de Roraima (Numur) e Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), a realização do evento marca a luta e resistência das mulheres no enfrentamento ao racismo, a violência e o genocídio.

“Estamos nas ruas para mudar a cara do poder, para derrotar o racismo, o fascismo, a xenofobia e eleger mulheres comprometidas a luta das mulheres e com a democracia”, disse.


Nelita Frank no batuque do Numur em ato de greve

O evento contará com apresentações musicais da Banda Sociedade de Esquina e Banda Avenida Bohemia, mural de poesias de mulheres negras, declamação de poesias, exposição da história do racismo e violência contra as mulheres, oficina de turbantes e tranças, roda de capoeira, performance com dança afro-caribenha, exposição de artesanatos indígenas e arte negra, comidas africana, indígena e venezuelana, produtos da agricultura familiar e ainda microfone aberto para falas políticas dos movimentos de mulheres.

“Será um momento de rebeldia das mulheres com indignação, num ato político e cultural. Venham conferir”, disse Nelita Frank que ainda convidou para o dia 25, às 18h30, no Bloco VIII, auditório 1, na Universidade Federal de Roraima, para uma roda de conversa e debate sobre o filme “Um dia com Gerusa”.

A data no Brasil

A Lei nº 12.987/2014, foi sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola, viveu durante o século 18. Com a morte do companheiro, Tereza se tornou a rainha do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho.

Serviço

O que: Julho das Prestas 2022 em Roraima

Quando: 23 de julho, às 17h30.

Onde: no Espaço Cultural Paricá (Rua João de Alencar, N° 2172, bairro Aeroporto, em frente ao shopping do Cauamé)