Com apenas 336 mil eleitores, Roraima tem o menor colégio eleitoral do País, mas prepara uma operação de guerra para garantir o voto de índios e ribeirinhos no dia 2 de outubro. As urnas eletrônicas das aldeias ingaricó, na terra indígena Raposa Serra do Sol, e dos wai-wai, no extremo sul do Estado, serão transportadas por helicópteros e aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Exército Brasileiro.
Os helicópteros também serão usados para levar as urnas para cerca de 24 localidades dos municípios de Boa Vista, Bonfim, Cantá, Normandia, Pacaraima e Uiramutã além das comunidades ribeirinhas situadas ao longo do baixo Rio Branco, onde o acesso só é feito por barco ou avião. Nas outras regiões, o transporte será feito de carro.
Aviões e helicópteros farão ainda o transporte dos servidores da Justiça Eleitoral e das urnas eletrônicas que serão usadas no dia 02 de outubro nas áreas de difícil acesso. As aeronaves retornarão para Boa Vista na segunda-feira, 03, trazendo as urnas eletrônicas e os servidores que atenderam essas regiões.
Apesar da distância, a tecnologia permitirá que se conheça o resultado da votação nestes locais antes mesmo que em Boa Vista, a capital do Estado. Ao fim da votação, os dados da apuração serão transmitido por telefone celular conectado via satélite para os computadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
A previsão é que os 15 municípios roraimenses conheçam seus novos deputados e governador até as 22 horas do dia 2 de outubro.