Cerca de 50 agricultores, atendidos pela Prefeitura de Boa Vista, estão participando da AgroBV 2022, que acontece no Campo Experimental, no Centro de Difusão Tecnológica (CDT), que fica na região do Bom Intento (km 5), a 17km da capital.
Nos 20 boxes do Pavilhão da Agricultura Familiar, os visitantes encontram de tudo um pouco, como lanches, hortifrútis, alimentos à base de batata-doce, molhos de pimenta, mel e artesanato indígena. Uma oportunidade que estas famílias têm de expor seu trabalho e gerar renda com a venda dos produtos.
Tem produtores motivados de regiões como PA Nova Amazônia (Murupu e Truaru), Passarão, Monte Cristo, Bom Intento e das comunidades indígenas. Quem trouxe uma variedade de mel foi o casal, Francisco e Nalva Borges. Os dois são apicultores e agricultores na região do Murupu.
“É a primeira vez que estamos participando desse evento que, para nós, é muito importante, pois traz uma boa visibilidade para o nosso trabalho. Somos agricultores, mas o nosso carro-chefe é a produção de mel. Muitas pessoas já passaram aqui pelo nosso estande, comprando e alguns tem curiosidade em relação à apicultura. Está sendo muito válido, toda essa propaganda que estamos tendo aqui”, disse Nalva.
Da comunidade Vista Alegre para a AgroBv, uma família de artesã veio comercializar peças de artesanato indígena, como colares, cocares, tiaras, bolsas, pulseiras, chaveiros e outros. “O evento está maravilhoso. É uma forma das pessoas conhecerem um pouco da nossa cultura e dos costumes através destas peças”, disse Roberta Antônia, 19 anos.
Mulheres Empreendedoras
A prefeitura também está homenageando no evento àquelas que representam a força feminina no campo. São em torno de 20 mulheres no pavilhão da AgroBV, caracterizadas com avental rosa feito, especialmente, para este momento. Tem mulher na produção de pimentas, na batata-doce, banana, macaxeira e muito mais.
Dalva Conceição é uma das grandes empreendedoras do Polo da Batata Doce. Ela e mais outras mulheres e homens produtores da vicinal 2, do PA Nova Amazônia, estão unidos na produção de derivados de um dos mais ricos e nutritivos vegetais da culinária brasileira.
“Hoje produzimos a farinha de batata-doce e temos também a batata chips. A mulher é a força do campo, é geração de renda, é sustentabilidade para a família. Estamos acreditando e tendo apoio. É importante quando o poder público reconhece as nossas práticas, fortalece o campo e a alimentação na mesa de quem está na cidade. A AgroBV é responsabilidade de todos nós e de toda a sociedade”, disse Dalva.
Casa de Farinha
No evento foi montada uma pequena casa de farinha, com tacho e forno, onde o público presenciou a farinha de batata-doce sendo torrada. Este alimento é produzido desde 2018 com apoio da prefeitura. Hoje possui uma identidade própria “Cerrado da Amazônia”, e já está incluída na lista de itens da alimentação escolar.