Além de atender as mães, o Programa ‘Família que Acolhe’ também recebe a participação dos pais, considerados essenciais para o desenvolvimento da criança em sua fase mais importante da vida. E neste Dia dos Pais (14 de agosto), a campanha ‘Pacto Pela Paternidade Boa’ completa um ano.
Esta é uma iniciativa que vem incentivando uma maior participação do pai na rotina dos filhos, seja nos encontros da Universidade do Bebê (FQA), na escola, nas consultas médicas ou na convivência do dia a dia.
Para o autônomo Helton Batista, 36 anos, mesmo com a rotina agitada do trabalho, o tempo com seu filho Heitor Burum, de 2 anos, é sagrado. O pai é exemplo quando o assunto é participação nas rodas de conversas da Universidade do Bebê. Além de buscar ainda mais conhecimento para cuidar e zelar pela qualidade de vida de seu único filho, também é uma forma de fortalecer esse laço paternal.
“A partir do momento que ele nasceu, nossa vida mudou. Ser pai é uma missão muito especial, cada dia é um novo aprendizado com o nosso filho. Há anos não tinha uma criança na família e o Heitor veio trazer alegria. Tanto eu como minha esposa marcamos presença em todos os encontros”, disse.
Um recente diagnóstico colocou a família à prova. Heitor tem um grau leve de autismo, não fala e às vezes têm crises. “O Helton é um exemplo de paternidade ativa. Eu sempre uso esse termo, porque existem muitos pais, mas poucos são ativos na vida da criança. Ele participa dos encontros e me explica quando chega, leva o tema para gente praticar em casa”, disse a esposa Aline Cristine Feitosa, 30 anos, mãe de Heitor.
Fortalecendo vínculos entre pais e filhos
O vínculo da mãe com o bebê já começa na gestação. Porém, o vínculo com o pai se consolida após o nascimento e vai se fortalecendo à medida que a criança cresce. Em um dos temas da Universidade do Bebê, “O Papel do Pai: resgatando valores”, mostra exatamente a importância desse papel na construção da personalidade do filho, bem como no fortalecimento do vínculo, o brincar como forma de estreitar laços afetivos.
“A criança precisa entender que existe uma outra figura importante no desenvolvimento dela. E por muitos anos, a gente cresce vendo que o pai é importante para o sustento da família. Mas vai muito além disso. Hoje a gente consegue sensibilizar mais a participação dos pais dentro dos encontros e essa campanha vem fortalecer isso”, disse a secretária adjunta de projetos Especiais.
Segundo pesquisa feita pela academia americana de ciências National Academy of Sciences, homens que se tornam pais tendem a ficar menos agressivos e mais sensíveis. Para a criança a presença paternal é essencial para seu desenvolvimento cognitivo e socioemocional, além de ajudar na formação da sua personalidade.