Cotidiano

Sindicato dos Bancários faz mobilização para cobrar contratação de funcionários

O Sindicato dos Bancários de Roraima (Sintraf-RR) realizou, na manhã de ontem, uma mobilização com intuito de pressionar o Governo Federal para a contratação de profissionais. A manifestação ocorreu em frente à Agência Boa Vista da Caixa Econômica Federal (CEF), no Centro, por duas horas.

Em 2014, foi realizado o último concurso público da CEF, quando foram aprovadas 104 pessoas em Roraima. De acordo com o presidente do Sintraf-RR, Adauto Andrade, nenhuma delas assumiu o cargo. “As vagas foram abertas e apenas quatro foram convocadas. Porém, nenhuma contratada”, disse.

A falta de empregados tem prejudicado o atendimento aos cidadãos, segundo ele. Além de sobrecarregar os funcionários, que muitas vezes extrapolam a carga horária de trabalhos. “Em todo o País, as agências estão precisando de trabalhadores. Não há espaço para estagiários, pois precisamos de indivíduos capacitados para afazeres específicos”, afirmou. o sindicalista

Segundo Andrade, não há motivos para alegar falta de verba. “O lucro da Caixa no primeiro semestre deste ano superou o do mesmo período no ano passado, mais de R$ 6 bilhões foram arrecadados. O Governo Federal está contendo gastos e quem está pagando a conta é a sociedade, isso acaba penalizando a população”, disse.

Um dos quatro aprovados convocados, Josias Lima Silva, disse que recebeu um telegrama da CEF solicitando laudos médicos e informando que a contratação seria feita até o dia 04 de maio deste ano. “Pedi demissão do Banco da Amazônia no município de Tefé [AM] e voltei para Boa Vista. Alguns exames deveriam ser feitos em Manaus para admissão. Os gastos com passagens foram por conta própria. Entretanto, até hoje estou esperando”, disse.

O vice-presidente do Sintraf-RR, Glayson Matos, disse que não há condições para trabalhar desta forma. “Queremos que a população saiba da nossa situação. Os funcionários não estão suportando a demanda. Pedimos a compreensão dos cidadãos, pois eles precisam de melhorias na qualidade do atendimento. Se não nos agregarmos para lutar, não haverá solução”, frisou.(B.B)