Cotidiano

Mulheres criam movimento para levar informações sobre o agronegócio

Movimento ‘Agroligadas’, que começou em Mato Grosso, já está presente no Estado onde o agronegócio mais cresce no Brasil

Um projeto criado em Mato Grosso reúne centenas de mulheres que buscam levar informações sobre o agro para a população em geral. O movimento ‘Agroligadas’, já está presente em Roraima e outros seis estados brasileiros.

Em entrevista ao programa Agenda da Semana da Rádio Folha, as organizadoras do projeto, Roberta Nicaretta e Cristiana Winkler, explicaram que uma das ações é desenvolvida nas escolas.

“É repassado às crianças de uma forma dinâmica. É importante as crianças entenderem que o leite não vem da caixinha, que os ovos não vêm da bandeja. Atrás disso, tem pessoas trabalhando. O movimento ele tem esse objetivo, que é comunicar o agro de forma verdadeira, com ética, e principalmente com muito amor também. Então essa parte educacional com as crianças ela trabalha com projetos envolvendo o próprio produtor rural mesmo. Tem dias de campo, tem um projeto bem bacana que mostra de onde vem os produtos rurais e falamos da importância da pecuária, da importância do animal, do alimento”, pontuou.

Outra parte do movimento leva à sociedade informações sobre o que é feito no campo.

“Muitas pessoas não imaginam, por exemplo, de onde sai a salada que é consumida no almoço. Por isso, o grupo decidiu colocar nos mercados placas explicando onde o alimento a ser consumido foi produzido”

Segundo a coordenadora do núcleo Agroligadas, Roberta Nicaretta, essa é uma forma de valorizar o agronegócio.

“Temos empresas locais que fazem conservas, laticínios, carnes, arroz, feijão. É legal para que a gente tire aquela ideia de que o agro é só aquilo que está na terra”, disse.

A coordenadora explicou que o movimento em Roraima tem um vínculo com aproximadamente 120 mulheres que vão colaborar nos projetos e ajuda a comunicar o agro fazendo um elo entre o campo e a cidade.

“Existe toda uma divulgação negativa sobre o agro que inclui inclusive livros didáticos e educação nas escolas. Então esse trabalho de educação é importante para fazer todos perceberem que se uma notícia divulgada é falsa a pessoa vai lá e esclarece e vai poder dizer ‘olha, não, não funciona assim não, isso tá errado. Não, olha, isso não acontece assim, isso acontece exatamente de forma oposta”.

Cristiana Winkler explicou que desde pequena atua no agronegócio e que acredita que a educação vai transformar o que pensam sobre o agro.

Desde pequenininha a gente vai vivencia, entendendo mais sobre o agro, e não é um ofício fácil, mas conforme você vai aprendendo e entendendo o que resta, o que resulta é o amor pelo ofício. Participo e apoio, eu acredito que a educação pode mudar a vida das pessoas pois nem sempre elas fazem a divulgação negativa do agro de propósito, muitas vezes ela aprendeu errado. Nosso desejo é que o jovem olhe para o agro com mais empatia porque nós todos vivemos do agro.

Então o propósito do movimento é conectar o campo com a cidade. Dessa forma nós conseguimos transmitir uma verdade, uma informação técnica verdadeira. Então essas é uma das maiores razões que eu é esse grupo de pessoas que desejam coisas boas para o mundo estamos totalmente envolvidas nesse movimento”

Quem estiver interessado em integrar o movimento pode procurar as coordenadoras no espaço físico localizado no Espaço Rural na Mário Homem de Melo no centro.

Sobre a agenda do grupo as coordenadoras explicaram que a princípio ainda não tem eventos agendados, mas que o grupo deve participar da vinda do youtuber Caio Copolla na abertura da colheita da soja.