Polícia

Estudante é morta atropelada por PM

O militar da reserva da PM (Polícia Militar), José Azevedo Pereira, 55 anos, foi preso na noite de sábado, dia 27, incurso em seis crimes que levaram à morte a estudante Sara Farias de Souza, 19 anos, após ter sido atropelada por ele, que conduzia uma caminhonete modelo F-100. Ela e a mãe dela, Valdenora Barbosa Farias, 48 anos, que está em estado grave, internada no hospital, seguiam rumo à igreja quando tudo aconteceu.
Segundo consta no relatório da PM, o acidente ocorreu pouco antes das 20 horas, na rua Antônio Silvino de Alexandre, no Aracelis Souto Maior. Sara e a mãe dela andavam próximas à calçada quando foram atropeladas. “A moça foi arrastada até uma sarjeta. Ele estava em altíssima velocidade”, relatou à Folha o autônomo Jonas Freitas de Souza, 61 anos, que viu tudo de muito perto.
Ainda segundo relatos de testemunhas, assim que ocorreu o acidente e o militar fugiu, pessoas que estavam próximas perseguiram-no até encontrarem uma viatura da PM e solicitar apoio. Em seguida, ele foi preso.
Ao mesmo tempo, apresentando gravidade nos ferimentos, ambas as vítimas foram socorridas e encaminhadas à unidade médica. Tempo depois, Sara não resistiu e acabou morrendo. A mãe dela segue sobre cuidados médicos.    
Já na delegacia, como o militar se recusou a ser submetido a teste de etilômetro. Segundo o delegado Alberto Alencar de Souza, responsável pelo procedimento, contra o militar foi lavrado um Auto de Prisão em Flagrante (APF) no qual ele foi enquadrado por diversos crimes: fugir do local do acidente; embriaguês ao volante; por conduzir em alta velocidade e por alterar o local do crime, além de dolo eventual (homicídio) e lesão corporal, o que não dá a ele direito a fiança.
Em depoimento, o militar da reserva relatou que durante a tarde estava ingerindo cerveja e que não viu o momento em que atropelou as vítimas. Por isso, teria seguido rumo a casa dele, onde pretendia chegar quando fora abordado. Ao ser questionado se ele sabia que era crime dirigir embriagado, ele teria dito que sim e que apenas não fez o exame de bafômetro porque não foi solicitado. Em seguida, ele foi entregue ao comando da PM, onde está preso.