Saúde e Bem-estar

Enfermagem de RR pode parar em protesto contra suspensão do piso nacional

Presidente do Sinprer, Maria de La Paz, acredita que a maioria dos profissionais do Estado vão aprovar a adesão ao ato nacional

O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado de Roraima (Sindprer) divulgou nesta quinta-feira (15) dois editais para convocar a classe a participar da assembleia geral extraordinária marcada para a próxima segunda-feira (19), a partir das 16h, no bairro Jardim Floresta, zona Oeste de Boa Vista. Um dos assuntos a serem discutidos é a possibilidade de aderir à paralisação e greve geral nacional, organizada pelo Fórum Nacional da Enfermagem contra a suspensão do novo piso nacional da classe.

“A paralisação de 24 horas é uma paralisação de advertência”, enfatizou Maria de La Paz, presidente do Sindprer, sobre o ato marcado para a próxima quarta-feira (21), em todo o País. Ela acredita que a maioria dos profissionais de Roraima vão aprovar a adesão. “Vai ser uma paralisação nacional pra que os deputados e senadores regulamentem a origem do recurso pra pagar o piso nacional. Regulamentando isso, não tem mais porque o piso não ser pago”, disse.


A presidente do Sindprer, Maria de La Paz, durante protesto da Enfermagem na semana passada (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O piso nacional da classe foi suspenso preliminarmente no último dia 4, pelo ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), a pedido de entidades que avaliam que o reajuste prejudicaria a saúde financeira dos hospitais particulares.

Até o momento, oito ministros da Corte já se posicionaram sobre a suspensão. Além de Barroso, votaram para mantê-la Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Cármen Lúcia. Para derrubar a decisão monocrática, opinaram estão André Mendonça, Kassio Nunes Marques e Edson Fachin. A previsão é que o julgamento da ação termine nessa sexta-feira (16).

O novo piso nacional é de R$ 4.750 para enfermeiros, sendo 70% desse valor para técnicos de Enfermagem (R$ 3.325) e 50% a auxiliares e parteiras (R$ 2.375).

Outras pautas na assembleia

Na assembleia de segunda, o Sindprer também vai discutir a desfiliação da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Segundo La Paz, “faz tempo” que o sindicato não trata assuntos com a entidade. Além disso, o sindicato vai deliberar uma mudança técnica em trecho do Estatuto Social, para resolver um problema que impede o Sindprer de fazer movimentação bancária.