O cadeirante D.C.N., de 44 anos, entrou em contato com a Folha para denunciar que policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) teriam danificado a sua cadeira de rodas motorizada durante uma abordagem policial, no bairro Tancredo Neves, nessa quarta-feira, 28.
O homem registrou um Boletim de Ocorrência (B.O) no 3° Distrito Policial contra os policiais. Ele relatou a reportagem que seguia pela Rua Belarmino Fernandes Magalhães quando a viatura parou em sua frente, os policiais apontaram a arma de fogo para ele e questionaram para onde ele estava indo.
D.C.N. informou que estava indo em uma feira, que fica próxima a sua casa, para comprar um peixe para o almoço. Após a resposta, o motorista teria dado ré na viatura e batido na cadeira de rodas.
Ainda de acordo com ele, ao questionar a polícia sobre o dano causado a cadeira de rodas, um dos policiais disse para que ‘procurar os seus direitos’ e foram embora.
D.C.N. conseguiu gravar um vídeo com a placa e número da viatura para buscar as providências.
Com a batida, a cadeira ficou empenada, quebrou a parte do motor e está descarregando rápido por conta dos danos, relatou ele. “Eu preciso dessa cadeira para me locomover, é o único meio que tenho e fazem isso”, relatou.
Além de ir à Delegacia, D.C.N. também foi ao quartel do Bope para realizar a denúncia, porém o comandante não estava no local. E teria ficado de retornar nesta quinta-feira, 29.
OUTRO LADO
Por meio de nota, o Comando do Batalhão de Operações Policiais Especiais esclareceu que foi realizada uma abordagem ao indivíduo, mas que não procede a informação do dano à cadeira de rodas.
E informa que qualquer denúncia ou atitude de desvio de conduta de policiais militares, o cidadão pode formalizar na Corregedoria da PMRR para apuração.