Cotidiano

Sintras é recebido na Prefeitura após convocar ato por PCCR

Maceli de Souza Carvalho explicou que os pedidos por transparência na elaboração da proposta, neste momento, foram atendidos. Ato convocado para esta quinta não foi realizado

Após convocar para essa quinta-feira (29) ato em frente à Prefeitura de Boa Vista para cobrar transparência na elaboração do PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração) da Saúde municipal, o Sintras-RR (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Roraima) foi recebido pelo chefe de gabinete do Poder Executivo, Lincoln Oliveira da Silva.

Em entrevista à Folha, a presidente do Sintras, Maceli de Souza Carvalho, destacou que Silva tranquilizou a classe ao dizer, por exemplo, que a elaboração do PCCR está dentro do prazo – previsto para terminar em março de 2023 -, que a proposta será enviada para análise do sindicato, que existe conversa com outras entidades sindicais sobre demandas semelhantes e que a Prefeitura analisa o impacto financeiro para atender as reivindicações.

Maceli explicou que os pedidos por transparência, neste momento, foram atendidos. O ato não foi realizado. “A gente convocou mobilização pro uso das demais categorias que ainda não tinha representatividade, dentro da mesa de negociação do SUS – técnicos em laboratórios, fonoaudiologia, nutrição – pra gente ser ouvido, porque a queixa dos nosso filiados é que Prefeitura estava fazendo o processo [de elaboração do PCCR] ao qual eles não tinham conhecimento”, explicou.

A presidente do Sintras defendeu que o PCCR da Saúde corrija, por exemplo, discrepâncias jurídicas, divergência salarial entre trabalhadores que exercem cargos com praticamente as mesmas atribuições, adicional noturno para médicos e o limite da tabela de progressão de algumas classes.

Rebateu críticas do prefeito

Maceli de Souza negou que o ato que seria realizado nesta quinta-feira teria caráter eleitoreiro, como disse o prefeito Arhur Henrique (MDB) em nota divulgada na noite de quarta.

“A gente não participa de processo eleitoral. Nós defendemos o trabalhador. Nós cobramos tanto do Governo – você pode observar no nosso Instagram que existem cobranças ao Governo -, e cobramos também da Prefeitura. Independente de processo eleitoral ou não”, declarou. “Se alguém está usando [a mobilização] para fins eleitoreiros, não é o Sintras”.

Sobre Arthur Henrique ter recebido a notícia do ato com surpresa, ela rebateu ao dizer que a mobilização não exigiria aviso prévio à Prefeitura. Além disso, ela mostrou ofícios enviados em 29 de agosto aos secretários municipais Cláudio Galvão (Saúde) e Gislayne Matos Klein (Administração), nos quais cobra reunião para tratar do PCCR. Maceli disse que os documentos não foram respondidos.

Procurada para comentar as declarações e os detalhes da reunião desta quarta, a Prefeitura ainda não se manifestou.