A primeira-dama Michelle Bolsonaro usou o discurso de ato de campanha nesta segunda-feira (10), em Boa Vista, para atacar governantes defendidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adversário de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições de 2022.
Além de pedir votos ao marido, ela incentivou os eleitores a mostrar os impactos negativos da migração venezuelana. “Nosso Brasil não vai ser uma Venezuela, uma Argentina, um Chile. Declaramos que as portas do inferno não prevalecerão contra a nação brasileira. Essa nação é do Senhor e acreditamos em dias melhores para esta nação”, disse.
“Não queremos perder nossa liberdade de expressão e muito menos nossa liberdade religiosa”, disse, ao chamar o PT de “Partido das Trevas”. “O presidente Bolsonaro abriu as portas do Brasil para as freiras e padres da Nicarágua, olha a perseguição do comunismo”.
“Vocês na prática vivenciam isso todos os dias com 100 mil refugiados, migrantes venezuelanos que estão aqui em Roraima. É triste sair do seu País, deixar sua história. Quantos perderam não só bens materiais, mas seus filhos na travessia”, disse.
Michelle veio a Roraima acompanhada da senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e de outras cinco deputadas federais, como Celina Leão (Progressistas-DF), eleita vice-governadora do Distrito Federal.
A caravana “Mulheres com Bolsonaro” em Roraima é uma ofensiva da campanha da reeleição do presidente em conquistar o eleitorado feminino pelo Brasil. Conforme a primeira pesquisa Datafolha de segundo turno, Lula tem a preferência de 50% das eleitoras, contra 41% do atual presidente. Outras 7% indicam votar em branco ou anular o voto, enquanto 2% se dizem indecisas.
Em discurso direto às mulheres, Michelle defendeu ações do governo federal, como 78 leis de proteção à mulher. Além disso, elencou políticas públicas para a comunidade surda e as pessoas com deficiência, e destacou o resgate do patriotismo sob Bolsonaro.
O evento, marcado por tom religioso pelas orações e referências bíblicas nos discursos, foi prestigiado por mais de 10 mil pessoas, segundo a organização. Estiveram no ato políticos locais, como o governador reeleito Antonio Denarium (Progresistas), o senador Mecias de Jesus (Republicanos), além de secretários estaduais.