No dia 19 de outubro, o ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida vem a Roraima para a assinatura da ordem de serviço que vai autorizar o início das obras do Linhão de Tucuruí, esperado há mais de 30 anos pela população roraimense. A empresa que vai executar o serviço já instalou o canteiro e montou toda a estrutura.
Estarão presentes o governador do Estado, Antonio Denarium, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, como também a população, que poderá participar desse importante momento histórico. A ação será na subestação Boa Vista, localizada na BR-174, KM 521, no Monte Cristo, zona rural da Capital, às 14 horas.
Quando o governador Antonio Denarium assumiu o Estado, o projeto do Linhão de Tucuruí estava paralisado no Supremo Tribunal Federal. Com a articulação do Governo de Roraima, em parceria com o Governo Federal, foi revogada a suspensão da obra em agosto deste ano, e reiniciadas as negociações com a população indígena waimiri-atroari, por onde passará a linha de transmissão de energia elétrica.
Em 2021, o presidente da República Jair Bolsonaro veio a Roraima e concedeu a autorização de instalação e a licença ambiental. Essas obras foram aprovadas pelo Conselho de Defesa Nacional, mas, mesmo assim, foi importante trabalhar pela via da negociação com os povos indígenas waimiri-atroari, cravando um acordo judicial para compensação ambiental no valor de R$ 90 milhões.
“É a segurança energética que nós esperávamos há mais 30 anos! E no nosso governo, junto com o presidente Bolsonaro, muitas realizações estão sendo aprovadas em benefício do estado de Roraima. Regularização fundiária, energia elétrica, dentre outras frentes. Estamos trabalhando juntos na reconstrução do Brasil e do estado de Roraima”, afirmou o governador, ao visitar o canteiro de obras da empresa que executará o serviço.
A OBRA
Segundo o Ministério de Minas e Energias, nos próximos 36 meses serão construídos cerca de 715 km, sendo 425 km no estado de Roraima e 290 km no Amazonas, margeando a BR-174, rodovia federal que liga as duas Capitais brasileiras. Do total, cerca de 122 km da linha de transmissão está dentro da Terra Indígena Waimiri-Atroari.
Com a obra, haverá a redução de custo para os consumidores de todo país, a ampliação da segurança do atendimento à capital Boa Vista e a redução do uso de combustíveis fósseis. Além disso, o empreendimento constitui a maior ação ambiental do Ministério de Minas e Energia, com a redução de geração de energia elétrica de fontes de combustíveis fósseis.
INTERLIGAÇÃO NACIONAL
Roraima é o único estado brasileiro que não está integrado ao Sistema Interligado Nacional. Na atual gestão foi feito leilão de energias renováveis e contratados 294 MW. Duas usinas (Pau Rainha e Santa Luz) estão funcionando desde março deste ano.
Com a interligação de Manaus a Boa Vista no Sistema Integrado Nacional, além da redução na conta de energia, haverá atração de novos investidores, indústrias, geração de emprego e crescimento econômico do estado de Roraima.
