Política

Movimento contra a corrupção deve reunir manifestantes no Centro Cívico

Neste domingo, a manifestação poderá contar com a participação de servidores em greve

Manifestantes se reunirão novamente neste domingo, 16, na Praça do Centro Cívico, em protesto contra a corrupção e o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

O ato, organizado pelo Movimento Vem Pra Rua, acontecerá simultaneamente em vários estados do país e deve reunir representantes de segmentos produtivos e de serviços, que receberão o apoio de servidores federais em greve no Estado.

Esta é a terceira vez, este ano, que manifestantes sairão às ruas cobrando melhorias de trabalho e dignidade para o povo, pedindo o impeachment da presidente. Os outros atos ocorreram em março e abril e reuniram mais de duas mil pessoas.

Inicialmente convocado pelas redes sociais, o ato será novamente coordenado pelo advogado Alex Ladislau, que representa o Movimento Nacional Vem Pra Rua no Estado.

Segundo ele, a concentração deve iniciar a partir das 16 horas, em frente à Assembleia Legislativa de Roraima (ALE).

“Vamos dar uma volta na Praça do Centro Cívico e haverá discurso de trabalhadores que estiverem presentes”, informou.

Apesar do auxílio das redes sociais na convocação dos manifestantes, o advogado acredita que houve boicote na divulgação do evento.

“A gente não consegue convidar as pessoas pelo Facebook e nem compartilhar os links. Acredito que haja um boicote. Em outros estados, as pessoas têm reclamado disso, é muito estranho”, disse.

A organização trabalhará em parceria com a Polícia Militar (PM), o Departamento Estadual de Trânsito e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para que o ato aconteça de forma pacífica, sem grandes tumultos.

“A gente tem o manifesto que recomenda em todo o Brasil como a organização deve se comportar em casos de tumultos, trabalhando sempre em conjunto”, explicou.

Servidores federais em greve vão engrossar manifestação

A expectativa é que, desta vez, a Praça do Centro Cívico seja tomada por um número maior de manifestantes. Isso porque servidores federais da Universidade Federal de Roraima (UFRR), da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (IFRR) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que engrossaram a greve dos professores da Capital e das comunidades indígenas em um ato unificado na manhã de ontem, 14, estão se organizando para protestar contra o Governo Federal no domingo.

Segundo o agente administrativo da Sesai, Gilvan Moura, a categoria, em greve desde o dia 10, se juntará aos manifestantes para cobrar o atendimento de uma série de reivindicações.

“Hoje, na saúde indígena, temos cerca de 80 servidores efetivos parados por tempo indeterminado. Estamos reivindicando melhorias nas condições de trabalho, salariais e, sobretudo, a realização de concurso público, que até agora não foi decidido”, disse.

Conforme o representante dos docentes da UFRR, que estão há mais de um mês em greve, a categoria somará esforços para fortalecer o movimento.

“São mais de 600 professores federais em greve no Estado. Iremos negociar a partir do momento que nossos pontos forem atendidos, mas enquanto isso não acontece, vamos fortalecer o movimento no domingo”, afirmou.

O movimento geral de greve dos servidores federais também conta com a adesão dos servidores do INSS, em greve desde o dia 31 de julho.

Durante o ato unificado que reuniu representantes das categorias na Praça do Centro Cívico, aproximadamente 25 servidores efetivos se reuniram para cobrar melhorias no órgão.

“Estamos reivindicando melhores condições de trabalho, concurso público imediato e recomposição do salário e da jornada de trabalho. Vamos participar do movimento e esperamos resposta do Governo Federal”, disse o servidor Felipe Souza. (L.G.C)