Jorge ‘Dragunov’ da Silva é um encantador de brinquedos, um artista multifacetado e talentoso no desenvolvimento de dioramas para figuras de ação.
Seu trabalho com produtos recicláveis para objetos colecionáveis seduz crianças e adultos, que assistem com atenção ímpar a transformação de produtos não mais utilizáveis em brinquedos.
Ele apresenta o resultado do seu trabalho em eventos de colecionismo, com a turma do Roraima Clube HQ, contando com a presença também de outros artistas plásticos do Estado.
Seu contato com a arte começou pelo convívio familiar, de uma infância rica em experiências, por inspiração de seus pais e irmãos talentosos com a criação de objetos.
Foi nesse ambiente que Jorge experimentou vivenciar a arte e a cultura e foi instigado a criar seu próprio mundo fantástico, transformando objetos manipuláveis e divertidos em figuras saídas de sua fértil imaginação.
Nesta entrevista exclusiva, Dragunov da Silva, como é conhecido nas redes sociais, fala sobre a criação de um jogo de estratégia militar que ele vem desenvolvendo com bastante entusiasmo e também de seus planos para o futuro. Acompanhe!
A brincadeira é sua inspiração para criar?
Na verdade, eu nem brinco (risos). Tem um jogo que estou desenvolvendo no qual eu conecto o meu estímulo criativo em desenvolver dioramas com a diversão da brincadeira. É um jogo de estratégia de combate militar que, por enquanto, ainda estou trabalhando na parte de aperfeiçoamentos, mas em breve será possível praticar com várias pessoas. Estou na fase de enriquecer os cenários, agregando também semelhanças de filmes sobre a 2ª Guerra Mundial, séries e desenhos clássicos. No jogo, você pode manusear as figuras articuladas e também desenvolver os cenários e as missões, com diversas regras, e se joga por partidas, basicamente é isso. No mais, é um projeto inteligente e audacioso. É um game real.
Você teve uma infância rica em experiência artística?
Acho que sim! Pois meus irmãos mostravam habilidades diversas. Meu pai era excelente em desenhar, trabalhar com marcenaria, etc. e a minha mãe também desenvolvia bastante atividade criativa. Acho que herdei um pouco de tudo isso, também desenvolvendo bons trabalhos na escola e no dia a dia.
Como você descreve seus trabalhos na criação de dioramas?
O lance é começar a fazer, então você sente onde as coisas poderão melhorar. Para mim é fascinante lidar com isso (risos). Utilizo um espaço inteiro da casa para a realização destes projetos.
Você considera suas esculturas como obras de arte sustentáveis, já que são produzidas de materiais descartados?
Parte do que uso é retirado de materiais que iriam para o lixo. Dou a eles nova vida, desenvolvo novas funções. E trabalhar com improviso é importante, mas é extremamente delicado e precisa de esforço, paciência, conhecimentos e boa habilidade técnica, mas o resultado final é contagiante.
Você acha que a criança de hoje gosta da simplicidade do brinquedo ou prefere se arriscar em estratégias?
Na verdade, a criança, atualmente, tem acesso a coisas que são bem diferentes. Mostrar esse outro lado é a nossa obrigação. Videogames são legais, mas tocar nos objetos é melhor!
Quais são seus planos para o futuro?
Desenvolver projetos de criação em 3D e passar a produzir acessórios para bonecos na escala 1:18, fazer novos dioramas e até evitar que o cliente tenha gastos exorbitantes trazendo do exterior, quero facilitar a coisa.
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DIORAMAS
O diorama é um modo de apresentação artística e realista de cenas da vida real para exposição, com finalidades de instrução ou entretenimento.
O termo “diorama” foi inventado por Louis Daguerre em 1822, para um tipo de display rotativo. A palavra significa literalmente: “através daquilo, o que é visto” do grego di- “através” + orama “o que é visto, uma cena”.
O primeiro diorama foi criado por Daguerre e Charles Marie Bouton, sendo exposto em Londres em 29 de setembro de 1823. O significado “réplica de uma cena em pequena escala, etc.” surgiu em 1902.
Os dioramas modernos podem ser vistos em exposições de artes e na maioria dos museus naturais, principalmente nos de história.
Os dioramas são também utilizados por praticantes de modelismo de todo tipo, como parte do seu trabalho, por exemplo: recriando cenas de batalhas históricas em escala diminuta e o ferromodelismo, entre outros.