O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado Soldado Sampaio (Republicamos), se manifestou nesta terça-feira (1º), antes de encerrar a sessão plenária, sobre o resultado do segundo turno das eleições que ocorreu no domingo (30).
O parlamentar parabenizou o povo brasileiro por ter ido às urnas, de maneira democrática, fazer a sua escolha.
Soldado Sampaio também afirmou que a democracia do país saiu muito mais fortalecida, mesmo com tantas fakes news e radicalização de ambas as partes que estavam disputando o processo eleitoral.
“Não podemos travar discussões de suspeita de qualquer rito do processo eleitoral durante o jogo, durante o processo eleitoral. Cabe àqueles que têm alguma desconfiança em relação às urnas eletrônicas, começar a discutir no Congresso, dentro dos partidos e nas assembleias. Eu mesmo tenho a opinião favorável do voto ser impresso até para se fazer uma auditoria, caso haja necessidade, mas dentro do momento certo, na discussão certa”, afirmou.
O presidente da ALE-RR reforçou que deve ser respeitada a decisão popular que ocorreu dia 30 de outubro, assim como a eleição de 2 de outubro, onde foram eleitos os governadores, deputados estaduais, federais e senadores.
“Roraima manifestou claramente nas urnas a sua opinião. Escolheu um lado. Votou maciçamente no presidente Bolsonaro. Mas isso não quer dizer que aquela minoria que votou no outro lado, não esteja com a razão. Roraima é maior do que isso e precisamos daqui para frente conviver, buscar e construir relações”, disse.
Para Sampaio, a bancada federal do Estado tem uma grande missão no Congresso Nacional que é se posicionar ferrenhamente em defesa de Roraima, assim como o governador Antonio Denarium, que já tem experiência e maturidade política para se relacionar com o Governo Federal, independentemente do resultado das eleições.
Entre as discussões que precisam ser retomadas, segundo Sampaio, estão as questões ambientais, garimpo e imigração venezuelana.
“Roraima há muito tempo vem arcando e bancando isso. Situações que vêm dos governos Dilma, Temer e Bolsonaro. Todos foram solidários, mas quem de fato pagou o preço por receber milhares de pessoas oriundas da Venezuela foi o Estado de Roraima, tendo os seus serviços de saúde, educação e segurança, sucateados”, lamentou.
A Assembleia Legislativa aprovou o Zoneamento Econômico-Ecológico do Estado e, consequentemente, instituiu a maior demarcação de área a ser preservada, que é o Baixo Rio Branco. São mais de dois milhões de hectares de terra que estavam sob o domínio do Estado de Roraima.
“Nós poderíamos fazer o que bem quisesse com aquela área, mas decidimos nesta Casa, por meio de mensagem do governador Antonio Denarium, transformar aquele espaço numa área de preservação ambiental”, afirmou.
Sampaio explicou que o zoneamento foi amplamente discutido com a sociedade, respeitando o Código Florestal, que permite reduzir reserva legal de 80% para 50%.
“Não podemos fomentar nenhum tipo de insegurança no setor primário. Estamos dentro da lei. Roraima não tem desmatamento ilegal. Há uma conscientização por parte da classe produtora. Então, não podemos tachar nem misturar garimpo ilegal com a questão ambiental no nosso Estado”, assegurou.
Quanto à mineração em áreas indígenas, o parlamentar disse que o tema é de responsabilidade do Governo Federal. “Respeitamos a vontade popular, sem abrir mão da defesa do nosso estado democrático de direito, em defesa da nossa gente e do nosso povo”, concluiu.