O setor agropecuário de Roraima deve continuar em alta, segundo Emerson Baú, titular da Secretaria Agricultura, Desenvolvimento E Inovação (Seadi). A previsão de safra das grandes culturas, como soja, milho e feijão, é de 180 mil hectares para o próximo ano. Em um cenário pessimista, a previsão é de 160 mil, ainda acima do total passado, de 140 mil.
Baú afirma que este cenário de crescimento se deve a política de desenvolvimento e fortalecimento do empreendedorismo, a exemplo do rebanho do estado, que passou de 840 mil em 2018 para mais de 1,1 milhão de cabeças no último mês de agosto. Roraima, conforme ele, também segue no foco dos investidores e das grandes instituições financeiras. A informação foi dada durante entrevista ao programa Agenda da Semana da Rádio Folha FM 100.3. ASSISTA A ENTREVISTA COMPLETA NO FIM DA MATÉRIA.
“O nosso cenário continua sendo extremamente favorável. Nós temos investidores que estão no estado, estão aportando recursos e fazendo novos investimentos […] O Banco da Amazônia saiu de um crédito para Roraima de R$ 500 milhões, e hoje nós vamos para uma alçada de R$ 1 milhão para operar, porque chegamos a usar todo esse limite, tanto do Banco do Brasil, quanto do Banco da Amazônia. […] Então, é aquela história, se as instituições financeiras que administram dinheiro estão otimistas com Roraima, nós que estamos na gestão pública, com certeza, e os produtores, estão também”, salientou.
O titular da Seadi também comentou a movimentação financeira durante a edição 2022 da Exposição-Feira Agropecuária de Roraima (Expoferr). Ao longo dos cinco dias do evento, os valores negociados para custeio e investimento ultrapassam R$ 300 milhões. A previsão do governo era de R$ 100 milhões.
CONTEÚDO PATROCINADO
Duda Ramos e Stélio Dener reforçam apoio a indígenas mobilizados contra o Marco Temporal
Parlamentares visitam acampamento e criticam a PEC 48, conhecida como “PEC da Morte”
Nova denúncia acusa Prefeitura de Mucajaí de favorecer empresa em licitação
Conforme a denúncia, a prefeitura não teria divulgado os atos referentes ao certame e nem dado oportunidade para a empresa recorrer às decisões
“Nós tivemos operações volumosas de custeio pecuário, de custeio agrícola. E também tivemos operações volumosas de quantidade de pessoas atendidas. Nós tivemos uma operação do Banco da Amazônia, do Pronaf Digital [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar], atendendo a comunidades indígenas. Foram mais de 100 produtores indígenas sendo financiados em um evento que o Banco da Amazônia promoveu durante a Expoferr. Isto mostra que a Expoferr trabalhou desde a agricultura familiar, empreendedores, aos grandes empresários”, complementou.
Confiança do Agro tem crescimento de 6,1 pontos, aponta Fiesp
O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) fechou o terceiro trimestre de 2022 em 116,3 pontos, representando um crescimento de 6,1 pontos em relação ao levantamento anterior e de 5,4 pontos sobre o primeiro trimestre deste ano. O Índice é avaliado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Conforme a Fiesp, esta alta se deve à melhoria da avaliação da economia e ao comportamento positivo de alguns indicadores. Os dados mostram que o índice de todos os segmentos pesquisados (agricultores, pecuaristas e indústrias situadas antes e depois da porteira) se manteve acima de 100 pontos. O nível de confiança das Indústrias de Depois da Porteira (empresas de alimentos) foi o único em que houve um ligeiro recuo. Isso ocorre devido ao esfriamento do consumo devido à alta dos juros, segundo a Fiesp.
