O 1º Encontro da Busca Ativa Vacinal e Plano Municipal pela Primeira Infância, reuniu nesta quarta-feira, 23, os quinze municípios roraimenses que estão no Selo de Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Em parceria com a Visão Mundial, o evento visa desenvolver capacidades, habilidades e troca de experiências de gestores para o fortalecimento da rede de imunização municipal, bem como apresentar a estratégia Busca Ativa Vacinal (BAV), para apoiar os municípios na garantia das coberturas vacinais preconizadas pelo Ministério da Saúde na proteção de crianças.
Além disso, também realizará, mais uma vez, a formação das equipes municipais para a elaboração do Plano Municipal pela Primeira Infância. É necessário que a cobertura vacinal seja de 95%, como é o caso da Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola) e Poliomielite, como estabelecido pela Organização Mundial de Saúde.
“Quanto maior a proporção de pessoas que estejam vacinadas e saudáveis, menor é a chance de transmissão de uma doença em que os vírus e bactérias estejam circulando. Pessoas não vacinadas podem estar infectadas e não apresentar nenhum sintoma. Lembrando que vacinais protegem e salvam vidas. Então, vamos juntos reforçar as estratégias para cuidar das crianças, principalmente as mais excluídas e vulneráveis”, afirma Antônio Carlos Cabral, especialista em Saúde e HIV do UNICEF.
Entre novembro e dezembro, serão realizados pela Visão Mundial, parceiro implementador do Selo UNICEF no Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, encontros presenciais da Busca Ativa Vacinal e Plano Municipal pela Primeira Infância, para fortalecer as estratégias municipais de imunização, assim como garantir o aumento das coberturas vacinais. Os encontros acontecem em polos por estado, reunindo os municípios que participam do Selo UNICEF.
Baixa cobertura vacinal
Dados do Ministério da Saúde do Brasil demonstram o declínio significativo na cobertura vacinal de menores de cinco anos em todo o Brasil nos últimos anos e agravada durante a pandemia de covid-19. Como consequência, foram registrados casos de sarampo e estima-se que a poliomielite, doença que causa a paralisia infantil, também corre o risco de voltar ao país.
O atual cenário de baixa cobertura abre as portas do Brasil para o retorno da paralisia infantil (pólio). Há 33 anos, o país está livre da doença graças ao esforço coletivo de todos os níveis de governo e da sociedade, vacinando milhões de crianças ao longo desses anos. A paralisia infantil é uma doença grave, não tem tratamento e pode deixar crianças com graves sequelas pelo resto da vida, necessitando para sempre da assistência dos serviços de saúde. Das crianças que desenvolvem a forma mais grave da doença, 5% a 10% morrem em virtude da paralisia dos músculos da respiração.
Busca Ativa Vacinal (BAV)
A BAV promoverá ações práticas para facilitar o aumento das coberturas vacinais, capacitando os profissionais de saúde, educação e assistência social, e sensibilizando as famílias quanto a importância da vacinação. Trata-se de uma metodologia de atuação intersetorial e que disponibiliza uma plataforma tecnológica inovadora e gratuita para apoiar os governos locais na identificação, registro, vacinação e monitoramento de crianças não imunizadas ou em risco de não receberem vacinas.
O Selo UNICEF
O Selo UNICEF é uma iniciativa do UNICEF para fortalecer as políticas públicas municipais voltadas para crianças e adolescentes. Ao aderir ao Selo UNICEF, os municípios assumem o compromisso de manter a agenda de suas políticas públicas pela infância e adolescência como prioridade. A metodologia inclui o monitoramento de indicadores sociais e a implementação de ações que ajudem o município a cumprir a Convenção sobre os Direitos da Criança, que no Brasil é refletida no Estatuto da Criança e do Adolescente. A adesão ao Selo UNICEF é espontânea.