Uma oficina realizada nesta quinta-feira, 24, na sede da Defesa Civil Estadual, em Boa Vista, orientou Bombeiros e representantes de órgãos ambientais sobre o combate às queimadas e ao desmatamento em Roraima. Na ocasião, servidores da Defesa Civil, Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação (Seadi), Conselho Indígena de Roraima (CIR) e da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), além de professores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) receberam treinamento para operar uma ferramenta do MapBiomas, que cataloga áreas queimadas no Brasil desde 1985.
O engenheiro agrônomo e pesquisador do MapBiomas, Luiz Felipe Morais, que ministrou o curso, avalia que a ferramenta pode contribuir para a prevenção e o combate ao desmatamento da Amazônia em Roraima.
“Temos o histórico das áreas que foram queimadas desde 1985 e o Monitor do Fogo, que é atualizado mensalmente. Desde 2019, utilizamos essa metodologia para avaliar áreas queimadas e de cicatrizes do fogo e sabemos que com o controle dessas áreas, os órgãos responsáveis pelo meio ambiente podem realizar um trabalho mais efetivo”, entende o pesquisador.
Ações efetivas
Para o chefe da Defesa Civil Estadual, Coronel Cleudiomar Ferreira, .
“Ele está nos ensinando a como operar e a como utilizar essa ferramenta que pode fazer mapeamento e rastreamento inclusive de cicatrizes do fogo. Não conseguíamos ter um mapeamento preciso do que foi destruído de savana, de florestas, de área de produção, e essa ferramenta vai trazer a oportunidade de mapear o quanto foi destruído para e passar esse conhecimento para os demais bombeiros e traçar estratégias para prevenção e combate ao fogo no estado”, avalia o coronel.
A questão das queimadas e do desmatamento em Roraima também é tema de um seminário que foi realizado nesta semana pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima (CCA/UFRR). O professor Beethoven Barbosa, doutor em Engenharia Florestal e coordenador do curso de Agronomia da universidade também compareceu à oficina e entende que é preciso avaliar os dados que o MapBiomas dispõe.
“A gente aproveitou a presença do técnico do MapBiomas no seminário para ele fazer um treinamento com outros órgãos em Roraima. A universidade tem a função de juntar todas essas peças. É preciso aprender como manipular os dados que o MapBiomas dispõe para prever como vai ser, principalmente sobre as áreas desmatadas e que sofreram requeima”, finaliza o professor