A capacitação “Filhos de Maria”, coordenada pela Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher, através do Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), visa disponibilizar ferramentas de diálogo com os homens a fim de promover a conscientização sobre a prevenção da violência contra as mulheres.
A programação teve início nesta quarta-feira, 24, e contou com palestra de Promotores de Justiça do MPRR e do MPBA, além de integrantes de instituições parceiras, houve uma atividade de campo na Distribuidora de Bebidas Monte Roraima com a intenção de levar informações sobre o tema para o público interno da empresa.
“A nossa finalidade é trabalhar a conscientização e a prevenção para que possamos evitar a reincidência da violência e o escalonamento para situações de gravidade, a exemplo do feminicídio, e chamar atenção de toda a sociedade para essa causa comum que é evitar a violência e morte de mulheres”, ressaltou Lucimara Campaner, Promotora de Justiça de Defesa da Mulher.
O projeto “Filhos de Maria” prevê outras capacitações em instituições públicas e privadas a fim de formar novos multiplicadores na missão de conscientizar a sociedade no combate à violência contra a mulher. E tem como objetivo atender a uma Recomendação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que prevê a promoção de propostas reflexivas para homens no esforço para reduzir a violência doméstica contra a mulher.
A Promotora de Justiça do Ministério Público da Bahia, Sara Gama, que ministrou palestra e a atividade de campo, afirma que a função do evento é fazer com que o público masculino participe desse diálogo.
“Quando a gente pensa que a Lei Maria da Penha traz, além da ideia da punição, a ideia da prevenção, nós precisamos conversar com os homens. São os homens que, infelizmente, são os protagonistas das maiores violências contra as mulheres. Um evento como esse é de importância muito grande, sobretudo no mês de novembro, um mês dedicado à saúde do homem, e a não-violência significa saúde mental, saúde psicológica, emocional que os homens também precisam ter”, destacou a Promotora de Justiça.