Teve início na manhã desta terça-feira, 20, o Parlamento Amazônico, evento que reúne 17 deputados dos estados de Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Rondônia e Roraima, autoridades e especialistas para tratar assuntos referentes à Amazônia Legal.
O evento acontece no plenário da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) e segue até as 17h desta quinta. Os debates devem discutir assuntos como a interligação de Roraima ao sistema nacional de energia elétrica, por meio do Linhão de Tucuruí, e o fechamento da BR-174 na reserva indígena Waimiri-Atroari, além de propostas para solucionar gargalos que impedem o desenvolvimento da região.
“Vamos começar a falar a mesma linguagem. Não adianta a Assembleia Legislativa trabalhar interesses comuns entre os Estados de forma isolada. O recado, é que vamos falar em uma linguagem coletiva. A nossa unidade é nossa marca registrada. Se os deputados trabalharem de forma isolada dificilmente obterão êxito”, disse o presidente do Parlamento Amazônico Sinésio Campos (PT-AM).
De acordo com o presidente da ALE-RR Jalser Renier (PSDC), esta será mais uma oportunidade para tratar de questões que se arrastam sem solução, como a da obra do Linhão de Tucuruí.
“Queremos sair daqui com um norte, um rumo, para alcançar os nossos objetivos comuns e que resulte na consolidação de política públicas integradas com um foco, o desenvolvimento da nossa Amazônia. É sempre bom lembrar que Roraima é o único estado da federação que não está interligado ao sistema nacional. Continuamos isolados e obrigados a comprar energia cara e instável da Venezuela”, concluiu Renier.
Para o vice-presidente do Parlamento deputado Coronel Chagas (PRTB), o encontro será importante principalmente no momento em que Roraima está diante da iniciativa de ser criado mais um Parque Nacional.
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“Roraima dá uma contribuição efetiva, na questão ambiental e indígena, com 46% reservadas para comunidades indígenas, 12% para questões ambientais. Nós temos mais 30% comprometido com outras questões, que são terras que a União não repassou para o Estado ou terras não propícias ao setor produtivo. O que pretende a União com o Estado de Roraima? Dependeremos pra sempre do contra cheque do servidor público?”, questionou Chagas.
PARLAMENTO AMAZÔNICO
O Parlamento Amazônico é um fórum de debates permanente da Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais), com objetivo de deliberar sobre questões ambientais, sustentabilidade, conservação, educação ambiental, populações locais, uso dos recursos regionais, entre outros.
O presidente da Unale, deputado Sandro Locutor (PPS-ES), representa 1.059 deputados estaduais de todas as Assembleias do Brasil fez questão de participar do encontro em Roraima e afirmou que muitos dos temas que serão discutidos aqui são pertinentes e importantes para todo o país.
“A Unale quer justamente encurtar esse caminho. Nós estamos discutindo com o Parlamento Amazônico questões que dependem do Congresso Nacional, que dependem do governo federal, e nós estamos com nossa assessoria, com nossa estrutura toda a disposição. Fiz questão de vim para somar esforços e solucionar os problemas da Amazônia”, disse o presidente.
Com informações da SupCom ALE
