A deputada federal por Roraima, Joênia Wapichana, é um dos nomes indicados por movimentos indígenas em uma lista tríplice que será entregue ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para comandar o MInistério dos Povos Originários, uma promessa de campanha do novo chefe do Executivo, que assumirá o mandato em 1º de janeiro de 2023. O documento com o nome de Joênia deverá ser entregue nesta sexta-feira, 9.
Além de Joênia, foram sugeridos também o nome de Sônia Guajajara (Psol), deputada federal eleita por São Paulo, e do vereador pelo município de Caucaia, no Ceará, Weibe Tapeba (PT).
A parlamentar integra a equipe de transição dos povos originários, juntamente com o líder indígena Davi Kopenawa e chegou a ser indicada pela federação PSOL/Rede para comandar o novo ministério. Joenia foi a primeira mulher indígena da história na Câmara dos Deputados quando se elegeu em 2018. No pleito deste ano, ela buscou novo mandato, mas não foi reeleita devido ao quociente eleitoral.
Nascida em comunidade indígena de Roraima, ela foi a primeira advogada indígena da história a se pronunciar no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a homologação que definiu os limites contínuos da Reserva Raposa Serra do Sol, em 2008. Também é considerada a primeira indígena a se formar em direito no Brasil, em 1997, pela Universidade Federal de Roraima (UFRR).