O saldo do primeiro seminário do Parlamento Amazônico ocorrido na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), na quinta-feira, dia 20, foi o compromisso de união entre os nove estados da região Amazônica, e o apoio da União dos Legislativos e Legisladores Estaduais (Unale) na luta em resolver questões que se arrastam sem solução em Roraima.
O evento reuniu 17 deputados dos estados de Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Rondônia, além dos parlamentares roraimenses. No entanto, o Parlamento representa ainda os estados de Mato Grosso, Pará e Tocantins.
Para um dos vice-presidentes do Parlamento Amazônico, deputado Coronel Chagas (PRTB), o mais importante foi ter conseguido o comprometimento dos deputados na solução de problemáticas locais. “Os deputados assumiram aqui o compromisso de junto conosco, roraimenses, defender as bandeiras do nosso Estado. Essa foi uma conquista, um avanço, conseguido através do Parlamento Amazônico aqui”, ressaltou.
Requerimentos importantes foram aprovados pelos membros, como o que solicita do presidente do Parlamento Amazônico a realização de uma agenda em conjunto com a ALE-RR e o governo estadual, junto aos ministérios de Meio Ambiente, Minas e Energia e Justiça. As pautas tratam do fechamento da BR-174, Linhão de Tucuruí, Parque Nacional Lavrado e a criação de novas reservas.
A preocupação dos deputados roraimenses com a criação de novas reservas e a implantação do Parque Nacional Lavrado foi amplamente exposta durante o debate. O Parlamento aprovou ainda uma moção de repúdio às ações do Governo Federal para a demarcação de parques nacionais em áreas produtivas em Roraima. A moção será encaminhada ao Ministério da Justiça.
Outra moção, desta vez de apoio, será encaminhada aos Ministérios de Minas e Energia e da Justiça, e à Presidência da República, pela construção do Linhão de Tucuruí, interrompida por uma decisão judicial. O presidente da Fundação, João Pedro da Costa, que foi convidado a participar dos debates, não compareceu e, por isso, o plenário aprovou uma moção de repúdio à presidência da Funai, por desrespeito para com os poderes legislativos dos estados.
“Vamos mostrar força política. Demonstrar nossa insatisfação, indignação das lideranças políticas, não só de Roraima agora, mas de nove estados, toda a Amazônia Legal e mais o apoio do presidente nacional da Unale. Somos agora 240 deputados nesse movimento, mostrando que não concordam com a criação de nenhuma reserva em nosso Estado”, concluiu.