Cotidiano

Norte tem apenas 6% dos hospitais com prontuário eletrônico; RR não usa

Segundo governo do estado, sistema deve ser implantado em 2023; Ferramenta facilita acesso ao histórico de saúde do paciente

A região Norte do Brasil tem apenas 6% de hospitais que utilizam o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). Em Roraima, a rede estadual de saúde ainda não utiliza o sistema. A porcentagem faz parte do relatório MoVing The Future – “Panorama do uso do Prontuário Eletrônico do Paciente no Brasil”, realizado pela MV.

O PEP é considerado a principal ferramenta de acesso às informações sobre a saúde do paciente. Com ele, é possível verificar o histórico de consultas, doenças e medicações, sendo usado tanto na rede pública, como particular.

Procurado, o governo de Roraima informou por meio da Sesau que estão sendo feitos investimentos em infraestrutura tecnológica, o que inclui a aquisição de um novo sistema de informações de prontuários.

“A expectativa da pasta é que o novo sistema passe a funcionar em 2023, atendendo as unidades de saúde dos 15 municípios do Estado”, complementou em nota.

Já nas unidades de saúde administradas pela prefeitura de Boa Vista, o PEP é utilizado desde 2017, quando algumas unidades básicas de saúde serviram como piloto. Conforme o município, a ampliação para o restante ocorreu em 2019, incluindo a atenção especializada.

RELATÓRIO – O levantamento realizado contemplou hospitais de diversos tamanhos e entidades, sendo eles de grande, médio e pequeno porte, alta, média e baixa complexidade, e por tipo de instituição: privada, pública, filantrópica e Santas Casas de Misericórdia. 

De acordo com o relatório, os hospitais filantrópicos são os que mais utilizam o PEP, sendo 44% entre os estudados. As instituições privadas ficam em segundo lugar com 29% e o sistema público com 27%. 

Por regiões, o Sudeste lidera com 44% dos hospitais que utilizam o PEP, o Sul fica em segundo lugar com 25%, a região Nordeste tem 15%, o Centro-Oeste tem 10% e o Norte tem 6%. No Norte, os hospitais públicos representam a maior parte das instituições de saúde da região.