Amado por muitos, desgosto por outros, o famoso pão com frutas cristalizadas é um dos maiores símbolos natalinos. Embora não se saiba exatamente quando e onde surgiu, o pão doce se tornou presença obrigatória na mesa dos italianos e claro, dos brasileiros. Confira a origem da tradição com tantas versões de preparo.
A lenda mais famosa é que ele foi criado na véspera de Natal por um erro de um assistente de padeiro, que teria jogado uvas passas em uma fornada de pão e tentou corrigir a massa adicionando manteiga, ovos e frutas cristalizadas. Outra versão conta que um jovem aprendiz criou a massa com medo de seu novo chef, seu nome era Toni, e ao longo dos anos, o “pão Toni” se tornou popular em toda a Itália com o nome “panetone”.
Há uma versão querida por historiadores é que a receita foi registrada no escritório de patentes em 1894 pelo padeiro de Verona Domenico Melegatti, porém, o panetone é uma receita de tradição coletiva e, portanto, não se pode determinar com precisão absoluta seu lugar e data de nascimento.
Já no início do século 20 o consumo de panetone durante as festas se tornou popular em todo o país europeu, graças também às inovações introduzidas por Angelo Motta, o dono de uma padaria em Milão.
Tradição Brasileira
Assim como a origem oficial do panetone, não há registros que indiquem como e por que a tradição de comê-lo no fim do ano chegou ao Brasil. O que se sabe é que pode ter sido em algum momento durante a Segunda Guerra Mundial, quando o imigrante Carlo Bauducco migrou para o país trazendo uma receita tradicional de família.
O ano era 1948 quando Carlo abriu uma doceria no bairro do Brás, em São Paulo, vendendo aquele pão doce de Turim com frutas cristalizadas e essência de laranja. A receita agradou tanto que, em poucos anos, o consumo de panetone se popularizou a ponto da pequena venda se tornar uma indústria, e o Brasil passar a segundo maior produtor mundial do alimento atrás da Itália.
Segundo a Bauducco, a evolução da receita tradicional aconteceu anos mais tarde, em 1978, quando o neto do fundador, Massimo, criou o projeto do panetone de chocolate para a faculdade. Foi o pontapé que o pão precisava para começar a ganhar novas versões.
Panetone tradicional chega a custar R$ 29 em Boa Vista
A FolhaBV visitou quatro supermercados nas zonas Leste, Oeste e Centro de Boa Vista, e realizou um levantamento de preços de três marcas mais presentes nas prateleiras, todas com embalagens de 400g: Visconti, Tommy e Bauducco.
O primeiro supermercado visitado fica no bairro União. Lá, o panetone Tommy era o mais barato, no valor de R$ 17,49. O segundo, Visconti, custava R$ 21,99. Já o da Bauducco, podia ser encontrado por R$ 27.
No supermercado do bairro Asa Branca, o panetone Tommy seguiu como o mais barato, no valor de R$ 17,98. Já o da marca Visconti custava R$ 22,48. A embalagem da Bauducco era ofertada por R$ 26,98.
No Centro, a reportagem encontrou o menor preço da marca Tommy, R$ 16,09. O panetone Visconti era vendido por R$ 20,19. O panetone da Bauducco também estava com preço mais baixo do que nos dois supermercados anteriores, a R$ 24,49.
Por último, no bairro Paraviana, o panetone Tommy era vendido por R$ 18,99 e da Bauducco por R$ 28,99. Já a marca Visconti, eram ofertados somente os sabores de trufa, chocolate e baunilha, por R$ 29,99.