Em menos de 48h, dez assaltos foram registrados em apenas dois distritos policiais da Capital. Todas as investidas dos criminosos aconteceram em bairros da zona Oeste. As mulheres e estudantes foram os alvos da vez. Mas em dois casos, os assaltantes se deram mal e foram presos em flagrante pela Polícia.
A primeira dupla de bandidos foi presa, ontem pela manhã, após atacar uma promotora de vendas de 25 anos, moradora do bairro Senador Hélio Campos. A vítima disse à Folha, ontem à tarde, que seguia de motocicleta pela avenida S-24, quando dois bandidos, também em uma motocicleta, a interceptaram.
“Eu estava em movimento na minha moto, mas o garupa conseguiu encostar uma arma na minha costa e pediu meu celular. Eu reduzir e quase parando entreguei o aparelho. Eles aceleraram e eu comecei a chorar e gritar. Outro motociclista parou e me ajudou. Depois ele seguiu os bandidos e acionou a Polícia Militar”, contou a vítima.
Foi quando uma guarnição do 2o Batalhão da PM, comandada pelo sargento Mangabeira, conseguiu localizar os dois suspeitos no bairro Cambará, zona Oeste. Eles estavam com três celulares e uma faca de açougueiro, em uma motocicleta Titan prata, reconhecida pela promotora de vendas.
Os policiais então seguiram até a casa dos suspeitos, no bairro Jardim Tropical, também na zona Oeste, e lá encontraram mais seis celulares, notebook, relógios, joias, quatro capacetes, duas motocicletas, caixa de som e R$ 315 em espécie. Os produtos, segundo a Polícia, são oriundos de assaltos. Na casa dormia um jovem, que também foi levado ontem à tarde ao 4o Distrito de Polícia, no bairro Santa Teresa, zona Oeste.
O jovem disse à Folha que estava dormindo, quando foi acordado pelos PMs. “Levei um susto. Não tenho nada a ver com isso. Os dois moram aqui porque dividem o aluguel comigo”, justificou.
Danilo Teixeira Arruda, de 18 anos, e Cristiano da Paixão Fernandes Pires, de 24, foram autuados em flagrante por roubo, o popular assalto. Como não foi reconhecido pela vítima, nem foi visto na cena do crime, o jovem que dormia na casa prestou esclarecimentos ao delegado Clayton Alexandre e depois foi liberado.
Cristiano se defendeu, afirmando à Folha que não tinha arma e que não teria assaltado a vítima. Mas ele não soube explicar porque tinha tantos celulares. O outro suspeito, Danilo, não quis falar com a reportagem.
A dupla foi encaminhada ainda ontem para fazer exame de Corpo de Delito no Instituto Médico Legal (IML). Depois, foram entregues na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC), onde aguardarão o pronunciamento da Justiça. (AJ)