Integrantes do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos dos Idosos de Roraima (Ceddir) procuraram a Folha para contestar informações prestadas pelo ex-presidente do conselho, professor Odir Lucas, em entrevista ao programa Agenda da Semana, na Rádio Folha, no domingo, 23, e publicadas na edição de ontem, 24.
As conselheiras Maria Cruz e Gracy Kelly afirmaram que as reuniões ordinárias acontecem mensalmente e que o atendimento aos idosos não deixou de ser feito. “Dentro dessas reuniões, a gente faz a demanda em relação às denúncias e todo o trabalho do conselho está sendo desenvolvido. Não está desativado, muito menos há seis meses”, reforçou a conselheira Maria Cruz.
Quanto aos idosos que estão desassistidos das ações, as representantes afirmaram que as atividades de defesa, orientação e fiscalizações estão sendo executadas regularmente.
Sobre a extinção do conselho por decorrência de ‘perseguições políticas’, ditas pelo professor Odir Lucas, a conselheira Gracy Kelly explicou que os motivos não são intervenções da administração estadual. “Eu acredito que ele se refere dessa forma pela substituição da presidência, o que não foi algo político. A presidente se afastou porque mudou de secretaria e não quis continuar como membro. Quem estava em exercício se afastou por motivo de doença e pelo que sabemos não houve perseguições políticas”, frisou.
Quando perguntadas sobre o Conselho do Idoso ter saído do prédio da Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), as conselheiras explicaram que se trata de uma decisão institucional. “Por causa do espaço. Está sendo criado um espaço para a atuação do conselho, que ainda não está concluído. Fomos realocados no prédio da “Rede Cidadania”, que tem um espaço muito bom e estamos em contato direto com a pessoa idosa, o que foi uma solução razoável”, acentuou Maria Cruz.
No que se refere à estrutura física e pessoal, as integrantes do conselho disseram ter ficado “surpresas” com as afirmações do ex-presidente. “Na última reunião que ele participou, em março deste ano, ele perguntou se estávamos na Rede Cidadania e eu disse que sim, que estávamos reestruturando algumas questões, como a contratação de uma secretária executiva”, comentou.
De acordo com as conselheiras, o Conselho nunca deixou de funcionar. “Nós temos tentado fortalecer o Conselho, estamos engajados para poder continuar esse trabalho. Além das reuniões do colegiado, na terceira quinta-feira de cada mês, nós temos as reuniões da comissão organizadora da Conferência Estadual do Direito do Idoso, que vai acontecer em março do ano que vem, então pergunto: e o nosso trabalho? E as articulações que estão sendo feitas?”, questionou a conselheira Gracy Kelly.
Ela também confirmou que a Setrabes está dando o apoio necessário para execução das ações específicas do Conselho do Idoso. “Algumas coisas ainda não conseguimos consertar, como a contratação de uma secretária. Mas até o final do ano estaremos com isso acertado. Por enquanto, duas pessoas atendem às nossas demandas na Setrabes. Nunca ficamos sem apoio”, assegurou.
As representantes do Conselho afirmaram ainda, que a expectativa é que até março do próximo ano aconteça o pleito para escolha dos novos dirigentes.
GOVERNO – Em nota, o Governo do Estado reafirmou que o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos dos Idosos de Roraima (Ceddir) vem realizando todas as atividades normalmente. A nova sede do conselho fica na Rede Cidadania Melhor Idade, localizada na Rua Cabo PM Lawrence de Melo, 259 , no bairro Caranã, facilitando o acesso dos idosos ao órgão.
“Esclarecemos ainda, que o senhor Odir Lucas é membro suplente do Ceddir, mas não possui legitimidade para falar em nome do colegiado e que, atualmente, a presidente do conselho está de licença médica, sendo representada por uma comissão que está respondendo pela organização, se reunindo mensalmente, dando continuidade ao calendário de 2015, que foi aprovado por todos os conselheiros”, informou.
A administração estadual negou também a existência de qualquer perseguição política ao Conselho, “que está tendo todo apoio nesta gestão para dar prosseguimento à Política de Defesa dos Direitos dos Idosos em Roraima”. (J.B)