O deputado estadual Armando Neto (PL), de 40 anos, declarou que estará “do lado do Estado” ao assumir o primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). A declaração foi feita após o parlamentar ser questionado se manterá a postura política adotada na campanha eleitoral: a de oposição ao governador Antonio Denarium (Progressistas).
“Eu sou do PL, o Partido Liberal, o partido que compôs chapa com a Teresa [Surita, candidata ao Governo] e o nosso presidente, deputado Édio [Lopes]. Fui eleito nesse grupo e me posiciono como ele. Essa questão de oposição ou situação, quero deixar bem claro que eu sou do lado do Estado. Vai ter momentos em que eu vou cobrar do Governo, vai ter momentos em que o Governo, estando certo, estarei ajudando a colaborar e dar minha parcela de contribuição para o desenvolvimento do nosso Estado”, declarou.
Empossado para o quadriênio 2023-2026, Denarium deve ter a maioria aliada na ALE-RR. A maioria dos parlamentares entrevistados pela Folha, sobretudo os novos, evitou se declarar oposição ou situação. Mas isso deve ficar mais claro quando os trabalhos no plenário começarem em fevereiro.
Eleito com a menor votação para ocupar uma das 24 cadeiras da ALE-RR ao receber 3.046 votos, Armando Neto prometeu que, em seu mandato, vai priorizar bandeiras como a Agricultura Familiar, a Educação e os povos indígenas. “E o que vier de interesse da sociedade, eu estarei sempre independentemente de bandeira, defendendo essa causa, sem dúvida”, declarou.
Perfil
Armando do Carmo Araújo nasceu em Boa Vista, no dia 27 de abril de 1982. É pai de dois filhos e sempre estudou em escola pública. Filho de pai produtor rural e mãe funcionária pública, se formou como professor na capital de Roraima (Magistério) em 2001. Enquanto ainda estudava, Armando atuava como vendedor de consórcio para se sustentar. Em 2007, foi aprovado em concurso público para ser professor na zona rural de Alto Alegre.
Sua primeira experiência em um cargo político foi em Bonfim, após ser eleito vereador em 2008. No ano seguinte, após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indeferir a candidatura do prefeito eleito Paulo Tiririca (devido à desaprovação de suas contas de 1999 e 2000 quando geriu a cidade), Armando Neto foi eleito vice-prefeito na chapa de Domingos Santana.
Com o afastamento do prefeito de Bonfim por suspeita de improbidade administrativa entre 2011 e 2012, Neto assumiu por 90 dias a chefia do Executivo municipal. Em 2013, ele assumiu a Secretaria Estadual da Pesca no Governo Anchieta.
Em 2016, Armando Neto ficou em segundo lugar nas eleições para prefeito de Bonfim por cerca de 100 votos a menos. Um ano depois, ele se tornou coordenador federal da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Roraima. E em 2018, Neto virou coordenador federal de Saúde do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei/Leste).