Cotidiano

Copo térmico: o que podemos aprender com a moda?

Andar com seu próprio copo ou garrafa é uma atitude sustentável – uma escolha que não precisa ter uma marca.

Motivo de ostentação para uns e piada para outros, o chamado “Copo Stanley” virou uma febre no país. O copo térmico feito de aço inoxidável tem o propósito de manter a bebida fria (ou quente) por horas. Porém, o que deixa grande parte da população surpresa é o seu custo, que gira em torno de R$150 a R$200.

Segundo a fabricante, Stanley, o copo mantém a bebida gelada por quatro horas e meia, podendo chegar a 17 horas caso sejam adicionadas pedras de gelo. Contudo, ter um copo do modelo é bastante inacessível para a maioria dos brasileiros.

O hábito de carregar seu próprio copo ou garrafa era antes restrito a um grupo de pessoas preocupadas com a geração de resíduos e um estilo de vida mais sustentável. Entretanto, agora ele conquistou um grupo maior formado por pessoas que gostam de tomar uma cerveja sempre gelada, mas que trazem como motivações a comodidade e um certo status social. 

Consumo Consciente

Carregar copos e garrafas reutilizáveis, sejam eles térmicos ou não, contribuem para um dos primeiros “Rs” do consumo consciente, o “RECUSAR”. Quando deixamos de consumir, contribuímos muito mais do que quando reciclamos, por exemplo, principalmente quando consideramos a taxa de reciclagem de plástico no Brasil, que não passa de 4%.

O uso de copos térmicos reutilizáveis é principalmente benéfico onde os descartáveis são bastante nocivos para o ecossistema, como praias, trilhas, rios e lagos.

Outro ponto positivo do copo Stanley é evitar o desperdício de bebidas jogadas fora por serem consideradas “quentes ou frias demais”. Além disso, as pessoas têm a possibilidade de passarem a compartilhar vasilhames maiores e retornáveis (o famoso litrão) ou em jarras. Com isso, pode ser diminuída a quantidade de recursos naturais para fabricação de long necks ou garrafinhas de água, por exemplo.

Fonte: CicloVivo