A exposição nas redes sociais tem se tornado cada vez mais comuns, e a internet tem acompanhado isso de perto com o caso de Luana Piovani e Pedro Scooby. Essa exposição não prejudica apenas o ex-casal, mas principalmente seus filhos.
Nos últimos meses, a atriz tem utilizado seu perfil nas redes sociais para criticar o ex-marido e pai de seus filhos, o surfista Pedro Scooby. Após gravar um vídeo reclamando dos valores pagos pelo atleta para sustentar as crianças, a artista expôs conversas com o ex-participante do Big Brother Brasil (BBB).
Luana e Pedro foram casados entre 2013 e 2019. Juntos, o casal teve três filhos: Dom, Bem e Liz. Em 2020, o surfista se casou novamente, dessa vez com a modelo Cintia Dicker, o qual tiveram a primeira filha juntos, Aurora.
Biomédica há mais de 20 anos e especialista em Neurociências Comportamental Infantil, Telma Abrahão, conta de que que forma a exposição que o casal trás, influência (negativamente) os filhos, que ainda são menores. “O correto é manter a vida pessoal o máximo possível preservada, isso por segurança do bem-estar da família, ainda mais em situações de divórcio. Quando os pais se separam com os filhos ainda pequenos, isso gera um sentimento de vulnerabilidade, pois a criança está em construção.”, afirma Telma.
A autora do best-seller “Pais Que Evoluem”, responde como o desenvolvimento dessas crianças é afetado. “A separação nunca é algo fácil, principalmente para uma criança. O correto é priorizar por um término pacífico, pois isso, brigas entre os pais, pode trazer danos emocionais para os filhos, como dificuldades de se relacionar e confiar no outro, aumentar a ansiedade, depressão, entre outras coisas. Por isso, quando um casamento acaba, o que é finalizado é a relação de marido e mulher, mas quando se tem filhos, é sempre correto se esforçar por um bom relacionamento, para não afetar o bem-estar e o emocional das crianças.”, aponta ela.
Mais tarde em uma sequência de stories publicados nas redes sociais, Luana detonou o surfista por presentear Dom, Bem e Liz com um celular para cada, e ainda não monitorar o conteúdo consumido por eles. A atriz também afirmou que o filho mais velho assiste a filmes adultos desde os 4 anos, com a ciência do atleta. Como resposta, Scooby compartilhou o print da tela de monitoramento dos três celulares.
A idealizadora da Educação Neuroconsciente, acrescenta que a Academia americana de pediatria recomenda o uso de telas somente após os 2 anos de idade. O uso antes dessa idade pode prejudicar principalmente o desenvolvimento da fala e também aspectos socioemocionais.
“Em qualquer idade, crianças ou adolescentes precisam ter o tempo de uso limitado pelos pais e conteúdo monitorado. Infelizmente a internet é um campo minado de conteúdos inapropriados para crianças como dancinhas sensuais, notícias violentas, e até pedófilos.”, afirma ela.
Atualmente existem vários aplicativos disponíveis no mercado que podem ser usados para fazer o controle do tempo de tela e do conteúdo acessado.
Telma também é autora de “Educar é um ato de amor, mas também é ciência”, o qual ficou por várias semanas entre os livros mais vendidos do Brasil pela lista da Publishnews.
O livro conta que infância o cérebro se desenvolve rapidamente e a exposição frequente a situações altamente estressantes pode resultar em impactos negativos à longo prazo, impactando negativamente a saúde física, mental e emocional das crianças e, consequentemente, do futuro adulto. “Traumas de infância é um assunto que considero um dos mais importantes. Quando uma criança vive uma infância com abusos físicos, emocionais, negligência e outros tipos de experiências adversas, além de seu corpo viver em grande estresse, muitas dessas experiências são causadoras de problemas de relacionamentos interpessoais, socialização, bem estar e principalmente de saúde física e emocional. Achei importante abordar esse assunto no leituras rápidas da Amazon justamente para que esse conhecimento possa alcançar cada vez mais pessoas!”, declarou Telma.