A Força Aérea Brasileira (FAB) atuou no transporte aéreo de uma indígena gestante que sofria sérias complicações no parto, com risco de morte para si e o bebê. Mas ambos passam bem. Eles são da comunidade Wanapiki, do polo-base Parima, próximo à região de Surucu, na Terra Indígena Yanonami.
O resgate foi realizado na quarta-feira (11), mas só foi divulgado nesta sexta (13) pela FAB. Sediado na Base Aérea de Manaus, o Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAV), conhecido como Esquadrão Hárpia, foi deslocado para realizar a evacuação aeromédica – procedimento que consiste em empregar meios aéreos para remover e transferir pessoas feridas ou doentes para locais onde possam receber assistência médica adequada.
A missão foi solicitada pelo Ministério da Saúde e coordenada pelo Ministério da Defesa, que acionou o Comando de Operações Aeroespaciais (Comae). A operação foi realizada com um helicóptero H-60L Black Hawk da FAB.
O veículo aéreo precisou reabastecer por plotter em clareira (processo de transferir combustível de um reservatório externo para a aeronave) devido ao mau tempo e chegou à comunidade após quatro horas de voo.
A paciente foi transportada à capital de Roraima, onde uma ambulância a aguardava para a remoção até o Hospital Materno Nossa Senhora de Nazareth, onde recebeu os cuidados médicos. Apesar de dois dias de sofrimento devido às complicações no parto, o bebê sobreviveu na unidade, segundo a FAB.
“As dificuldades logísticas aliadas à meteorologia adversa, inerentes à região amazônica, tornam a missão de salvar vidas um desafio extremamente gratificante”, relatou o comandante do Esquadrão Hárpia e piloto da aeronave, tenente-coronel aviador Michelson Abrahão Assis.