A Polícia Militar prendeu na madrugada deste sábado (14), no bairro Caimbé, um cabo policial militar de 43 anos, acusado de ameaçar atirar no pé de uma prostituta de 36, e intimidar a subtenente mulher da corporação que atendia a ocorrência. O suspeito não foi algemado durante condução à Central de Flagrantes da Polícia Civil, por ter colaborado com a guarnição. Vítima e a testemunha de 28 anos não registraram boletim de ocorrência contra ele.
A operação para prendê-lo, segundo a PM, se originou durante patrulhamento policial pela rua Leôncio Barbosa, no bairro Caimbé – via conhecida por ser um ponto de prostituição. Os policiais se depararam com várias pessoas pedindo ajuda para uma ocorrência.
Mais adiante, a guarnição encontrou o cabo da PM visivelmente embriagado, o que foi verificado pelo odor alcoólico, a fala pesada e a conversa sem nexo. À corporação, ele explicou que procurava uma garota de programa.
Vítima, uma prostituta disse à PM ter negado um programa com o policial por medo, pois ele portava uma arma de fogo na cintura. Segundo ela, foi nesse momento que ele se irritou e sacou o revólver e apontou para o seu pé, dizendo que a vítima estava ali para ganhar dinheiro em troca de sexo. Uma testemunha confirmou a versão.
A subtenente da PM que atendia a ocorrência solicitou reforço policial por estar apenas com um colega de farda na viatura. Devido às acusações, a corporação prendeu o suspeito e apreendeu sua arma. A policial ainda relatou que ele a intimidou por várias vezes dizendo que um dia ela iria precisar dele, que era para fazer o relatório bem feito e que já estava acionando uma associação para ajudá-lo.
Os documentos do suspeito foram encontrados numa pousada próxima do local da prisão. A caixa do estabelecimento relatou à PM que o policial estava lá com uma profissional do sexo e que após todo o serviço, ele procuraria outra prostituta. Vítima e testemunha também foram à Central de Flagrantes para depoimento.
Procurada, a Polícia Militar disse que “não compactua com nenhum desvio de conduta e repudia qualquer ato de violência” e que sobre o caso, “as medidas cabíveis de punição serão adotadas pela Corregedoria, garantindo a defesa e contraditório”. A Polícia Civil também foi procurada, mas não enviou resposta até a última atualização.