O programa Agenda da Semana apresentado pelo radialista Getúlio Cruz entrevistou a deputada federal eleita, Helena da Asatur (MDB) sobre as perspectivas para o seu mandato de deputada federal.
Helena explicou que a BR-174 é uma das suas prioridades como parlamentar em Roraima além de ser uma das bandeiras da campanha.
“Sou empresária de transporte e tenho ônibus que transportam passageiros diariamente e em várias situações contratamos empresas para arrumar a estrada. Também melhoramos muito nossa frota nessa viagem longa que algumas vezes chega a 15 horas de ônibus. Como parlamentar coloquei como prioridade trabalhar nessa questão em Brasília para resolver essa situação. Houve liberação de recurso para a recuperação da rodovia mas não participamos dessa conversa e queremos unir essas forças com o governo do estado para conseguir mais recursos. Também queremos buscar parceria com a bancada do Amazonas para arrumar também a estrada daquele lado senão não adiantará nada. Na política temos que ter diálogo com o Executivo pois se juntarmos os esforços vamos resolver esse caos da BR-174. Estou muito otimista”
Bloco Parlamentar
Helena da Asatur explicou que formou um bloco parlamentar com outros cinco deputados novatos, dos quais estão incluídos Stelio Denner, Albuquerque, Pastor Diniz. “Temos 8 deputados e 3 senadores e somente dois voltaram, todo o restante é novato. Criamos uma agenda positiva com os gargalos que existem e é um consenso que temos que nos unir para resolver esse problema. Nossa posse será em primeiro de fevereiro mas antes disso já tivemos em ministérios como o de Transporte onde fiquei muito feliz de ter o meu partido o MDB liderando, o que pode viabilizar nossa busca em Roraima. Nós tivemos várias reuniões e montamos uma agenda positiva a curto, médio e longo prazo para Roraima, onde entramos em consenso com oito pontos que elencamos como importantes, sendo eles o garimpo, imigração, renda e empregabilidade , internet, energia e relações internacionais com Venezuela e Guiana além da agricultura familiar”
Garimpo
Em relação ao garimpo, Helena afirmou que tem 20 mil pessoas dentro da área indígena sendo uma situação complexa, dentro da operação do governo federal para retirada dos garimpeiros, que deve ocorrer ainda este ano.
“Queremos propor certas medidas para minimizar esse impacto e que essa retirada não seja feita de forma violenta, mas seja negociada e que seja dado prazo para os garimpeiros retirarem equipamentos além de ser oferecido transporte para eles trazerem seus equipamentos e materiais. É preciso fornecer condições para que eles saiam de forma digna em 30 dias. Temos uma equipe radical na área ambiental mas a gente que tem mandato tem como negociar com o governo e ele tem demonstrado facilidade para o diálogo”
Imigração
Sobre o tema Imigração, Helena informou que é um problema grande em Boa Vista e em Pacaraima mas que a situação tem se modificado com a melhoria econômica da Venezuela.
“Uma boa notícia é que a Venezuela está melhorando sua economia e os imigrantes estão voltando de forma espontânea em seu país. Dobramos o número de ônibus e estão cheios e eles retornarem para seu país de origem melhora nossa situação. Sobre a informação de tirarem o Exército da Operação Acolhida, não tem nada confirmado sobre isso e acho que o governo federal está fazendo levantamento mas é uma saída razoável para nós do estado. Tiraria o peso do Exército que virou ‘babá de venezuelano’”
Energia
“Em relação a energia temos a liberação de Tucuruí e a nossa proposta é que não seja apenas essa fonte de energia para Roraima. Queremos ver a possibilidade de trazer de novo o linhão de guri pela Venezuela e também fazer um levantamento pela Guiana. Vamos trabalhar na celeridade desse processo e a rapidez que isso aconteça o mais rápido possível”
Cenário das eleições para Prefeitura
Sobre o cenário político atual para as eleições municipais em 2024, Helena acredita que nada está realmente definido.
“Todos falam mas não foi definido nada, não foi escolhido o candidato pois quem define são pesquisas que indicam a maior aprovação da população. Como acabamos de sair de uma eleição ainda não estamos debatendo essa questão municipal e nos próximos meses devemos nos organizar para isso. As articulações começam bem antes e está tudo previsto, mas indefinido. Nós do MDB não sentamos e nem definimos nossos candidatos. Todos os espaços dentro do MDB são negociados. Eu não vou apoiar governo A ou B. vou apoiar o desenvolvimento do meu estado e os benefícios tem que chegar na ponta onde acontece. Se o povo tiver bem todos estamos bem”